Com a queda da Selic, processo que certamente se intensificará ao longo de 2024, era de se esperar que o mercado imobiliário projetasse um ano de forte retomada. Tudo indica, contudo, que isso não ocorrerá. Segundo especialistas, a principal explicação para a marcha lenta na venda de imóveis é a queda dos financiamentos com recursos da poupança – no ano passado, o tombo nessa categoria foi de 15% versus 2022. O dinheiro da caderneta sempre foi vital para o setor, chegando a responder por 70% do montante utilizado para os financiamentos. Agora, contudo, esses recursos respondem por menos de 40% do total liberado para as transações. De fato, as cifras disponíveis para o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBP) encolheram. Em 2023, segundo o Banco Central, o saldo da caderneta (a diferença entre entradas e saídas) ficou negativo em quase R$ 90 bilhões. Nesse contexto, o crédito imobiliário sofre.

 

R$ 35,6 bilhões


em dívidas foram renegociadas pelo programa Desenrola Brasil até 18 de fevereiro, segundo o Ministério da Fazenda. Cerca de 12 milhões de brasileiros aderiram à iniciativa

 

Xiaomi avança no mercado brasileiro

Está cada vez mais acirrada a disputa pelo mercado brasileiro de celulares. A fabricante chinesa Xiaomi passou a responder por 16% das vendas no país – em 2019, o índice era 2%. Com isso, a empresa briga pela vice-liderança do setor, aproximando-se das americanas Apple e Motorola, que respondem por 19% dos negócios. A sul-coreana Samsung se mantém no topo, com 37% de participação de mercado. O cenário é tão positivo que a Xiaomi pretende dobrar, em 2024, os seus 29 pontos de venda no Brasil.


No Brasil, trabalho remoto é adotado pela maior parte das empresas

O Brasil é um dos países em que o modelo de trabalho híbrido – quando o expediente é dividido entre o escritório e a casa – está mais consolidado. Um estudo global feito pela consultoria JLL constatou que, por aqui, 86% das empresas adotaram o sistema. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos, o índice é 41%. Na média da Europa, 54%. Na Ásia, 44%. De acordo com a pesquisa, o formato preferido no ambiente corporativo brasileiro é de dois dias presenciais e três remotos.


Petrobras retoma patrocínios culturais

Depois de ser esvaziado nos últimos anos, o Programa Petrobras Cultural será revigorado em 2024. Lançado na última sexta-feira, o novo edital para patrocínios culturais prevê aportes de R$ 250 milhões – é o maior valor já destinado pela estatal para a área. De acordo com a petrolífera, poderão ser contemplados espetáculos artísticos, exposições, produção de filmes, projetos digitais, festivais temáticos, festas regionais e outros, num total de 10 diferentes ações de patrocínio.

 

Rapidinhas

O Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional debatem um tema com visões distintas. Enquanto o STF começou a julgar, na última sexta-feira, ação sobre o vínculo empregatício entre motoristas e aplicativos de transporte, a Câmara analisará o PL 5.069/2019, relatado pelo deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE).

O PL deixa livre essa relação trabalhista. “Nossa relatoria defende mudanças na CLT para conferir proteção social aos motoristas”, diz Coutinho, que é diretor de crédito da Frente Parlamentar Brasil Competitivo. “O objetivo é encontrar um formato realista, que atenda aos motoristas e às plataformas, sem inviabilizar a atividade econômica.”

O GPA, dono do Pão de Açúcar e Extra, segue em busca de reduzir os níveis de endividamento. A empresa colocou à venda 66 postos de gasolina que ainda possuiu e o seu edíficio-sede, localizado em São Paulo. Estima-se que as transações gerem R$ 450 milhões. Em janeiro, o GPA vendeu a rede Éxito, da Colômbia, por R$ 800 milhões.

A rede americana de cafés Starbucks vive momento delicado no Brasil. No ano passado, a empresa teve prejuízo líquido de R$ 56,5 milhões no país – agora, as perdas totais da operação brasileira somam R$ 400 milhões. Registre-se que, no Brasil, a Starbucks integra o grupo SouthRock, que está em recuperação judicial.

 

“Na vida real, os grandes edifícios estão ligados ao seu arquiteto, enquanto aqueles que despejaram o concreto ou instalaram as janelas logo são esquecidos”

Warren Buffett, bilionário americano, em carta endereçada a investidores. O documento homenageia seu ex-sócio Charlie Munger, que morreu em novembro passado, aos 99 anos, e chamado por Buffett de “arquiteto” da gestora Berkshire Hathaway

 

 

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