Depois de uma sequência de resultados negativos, o comércio brasileiro, enfim, destravou em janeiro. As vendas subiram 2,5% em relação a dezembro, em um desempenho bem acima das estimativas do mercado, que apontavam para uma variação positiva insignificante de 0,2%. Na comparação com janeiro de 2023, o comércio avançou 4%, conforme dados divulgados pelo IBGE.
Chegou o momento da virada? É precoce responder com 100% de certeza, mas o aumento do ritmo de queda da Selic, a taxa básica de juros, e o mercado de trabalho aquecido favorecem o setor. Isso, obviamente, é ótimo para a economia brasileira.
De acordo com avaliação do banco Itaú Unibanco, o forte resultado do varejo indica que o PIB poderá crescer em 2024 mais do que o esperado. Por enquanto, as estimativas médias do mercado sinalizam um avanço de 1,8% da economia no ano, mas é crescente a percepção de que o resultado poderá superar os 2%.
Privatizada, Eletrobras tem resultados melhores
Para os críticos da privatização de grandes empresas públicas, eis aqui uma verdade incontestável: a Eletrobras tornou-se uma companhia melhor depois de ter seu controle vendido para a iniciativa privada. No quarto trimestre do ano passado, a gigante de geração e transmissão de energia lucrou R$ 893 milhões, revertendo prejuízo de R$ 479 milhões observado um ano atrás. Em todo o ano de 2023, seu lucro subiu 21% versus 2022. A Eletrobras foi privatizada em junho de 2022, no governo Bolsonaro.
Agro deverá contar com plano de socorro do governo
O governo brasileiro deverá apresentar nos próximos dias um plano de socorro para a turma do agronegócio. Uma das ideias em gestação é oferecer linhas adicionais de crédito do BNDES para refinanciar as dívidas de produtores, distribuidores de insumos agrícolas e revendedores de máquinas. O cenário é preocupante, especialmente para aqueles que dependem das lavouras de soja e milho. Em 2023, os pedidos de recuperação judicial por produtores rurais aumentaram seis vezes em relação a 2022.
Investimentos da Pirelli reforçam aposta da indústria automotiva no Brasil
A indústria automobilística tem quebrado recordes de investimentos no Brasil. Desta vez, a italiana Pirelli revelou que injetará R$ 200 milhões na ampliação do centro de distribuição que mantém em Campinas (SP) e na construção de um laboratório de inovação no local. A ideia é fazer de Campinas o seu principal centro de operações na América Latina. O setor está animado. De acordo a Anfavea, a associação dos fabricantes de veículos, as montadoras deverão investir ao menos R$ 100 bilhões no país.
Rapidinhas
As companhias aéreas estão entusiasmadas com as perspectivas do turismo brasileiro. A Azul terá 2 mil voos extras para a alta temporada de julho, um crescimento de 13% na comparação com a oferta adicional de 2023. Como sempre ocorre, os destinos no Nordeste brasileiro são os mais procurados.
O amor está em baixa. Maior aplicativo de relacionamentos do mundo, o Tinder já viveu tempos melhores. Dono da marca, o Match Group revelou que o número de pagantes da plataforma caiu 8%, o que, obviamente, afetou os resultados financeiros da empresa. Seus rivais, como Bumble e Grindr, também enfrentam problemas.
A Stone, fintech brasileira de meios de pagamento, recebeu um empréstimo de US$ 470 milhões da Corporação Financeira dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, organização voltada para apoiar empresas em diversos países. Segundo a Stone, o dinheiro será destinado para a oferta de linhas de crédito em condições especiais.
A rede de fast-food Subway Brasil entrou com pedido de recuperação judicial na 1ª Vara de Falências de São Paulo. Suas dívidas totalizam R$ 482 milhões. Fundada em 1965 nos Estados Unidos, a Subway chegou ao mercado brasileiro em 1993. Desde então, adotou um plano agressivo de crescimento por meio de franquias espalhadas por todos os Estados do país.
“É preciso salvar a Terra em vez de colonizar Marte”
Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos, em crítica aos projetos de exploração espacial de empresas como SpaceX, de Elon Musk
R$ 10,4 bilhões
serão destinados, pelo governo federal, para financiar projetos sustentáveis no Brasil. Os recursos integram o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, relançado no ano passado