Bernard Appy  -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Bernard Appy

crédito: Ed Alves/CB/D.A Press


Vence amanhã o prazo constitucional de 90 dias após a promulgação da reforma tributária para que o governo envie ao Congresso propostas de mudanças na cobrança de impostos sobre a renda – que incluiu a polêmica taxação sobre dividendos – e a folha de pagamentos. Em evento realizado em São Paulo na última sexta-feira (15/3), Bernard Appy, secretário do Ministério da Fazenda, tratou de baixar as expectativas sobre a apresentação de sugestões para a segunda etapa da reforma. “Pode ser que tenha um projeto a ser enviado na terça, mas não deve ter um grande projeto”, afirmou. E o prazo, como fica? Na verdade, a ideia do governo é apresentar vários projetos de lei ao longo do ano, fatiando as propostas em diversos desdobramentos. Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a prioridade é regulamentar a primeira etapa da reforma tributária, devendo a segunda fase ficar para depois.

 

Lula quer Mantega na Braskem

O governo não desiste de ampliar seu nível de influência nas grandes empresas brasileiras. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a nova ideia na mesa é indicar o ex-ministro Guido Mantega para o conselho administrativo da petroquímica Braskem. Recentemente, Lula tentou emplacar o amigo na presidência da Vale, mas a investida não prosperou. Não custa lembrar: Mantega foi ministro do Planejamento, ministro da Fazenda e presidente do BNDES nos dois mandatos anteriores do petista.

 
Investimentos em startups do agro diminuem

Nos últimos anos, o ecossistema de startups do agro recebeu um fluxo constante de investimentos. Tendências importantes despontaram, como as proteínas à base de vegetais, a agricultura de precisão e a automação. Agora, contudo, a empolgação está diminuindo. Um estudo da plataforma AgFunder aponta que os aportes caíram 50% em 2023 em relação ao ano anterior – foi o pior resultado em seis anos. A queda é maior do que a redução média de 35% registrada em outros mercados de venture capital.

 
Com Selic em queda, mercado de capitais avança

A queda da Selic, a taxa básica de juros da economia, provoca grandes impactos na indústria financeira. No primeiro bimestre de 2024, o volume captado por empresas no mercado de capitais somou R$ 64 bilhões. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades do Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o número traduz uma alta de 50% ante igual período de 2023. Ainda assim, as aberturas de capital (IPOs, na sigla em inglês) seguem empacadas, devendo ser retomadas apenas no segundo semestre.

 
Rapidinhas

Os fãs de ovos de Páscoa encontrarão maior fartura em 2024. As empresas associadas da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), fabricarão 58 milhões de unidades neste ano, o que representará um avanço de 17% versus 2002. A indústria do setor contratou 8 mil pessoas para o período.

O Brasil receberá pela primeira vez um dos principais eventos do mundo voltados para o setor de frutas. Trata-se da Fruit Atraction, prevista para ser realizada de 16 a 18 de abril, em São Paulo, e que deverá reunir ao menos 200 expositores. Os organizadores aguardam a presença de 9 mil visitantes e projetam gerar R$ 1 bilhão em negócios.

A Embalixo, maior fabricante de sacos de lixo do Brasil, fechou parceria com o Instituto Argonauta, organização que trabalha pela preservação da vida marinha, para a retirada de 150 toneladas de resíduos plásticos do oceano. A meta da empresa é reciclar todo o material, transformando-o em sacos de lixo.

A julgar pelo desempenho do mercado imobiliário na China, os papéis da Vale na Bolsa continuarão sofrendo. Em fevereiro, o preço das casas usadas nas grandes cidades do país desabou 6% – foi a maior queda mensal em 13 anos. A crise imobiliária afeta a compra de insumos como minério de ferro, o que explica o efeito negativo na Vale.

 

“O governo está tentando aumentar a arrecadação, mas nega receber os dividendos que poderiam ser usados para ajudar a fechar as contas do país. É uma decisão irracional”
Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras, sobre o corte de dividendos extras anunciado pela petrolífera