É consenso entre empresários, economistas e autoridades que um dos gargalos que emperram o desenvolvimento do país está relacionado ao chamado Custo Brasil. Em evento realizado ontem em Brasília, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (foto), traduziu o dilema em uma frase: “O Brasil é um país muito caro.” Alckmin tem razão. A questão, contudo, é que o governo pouco tem feito para mudar esse cenário. A burocracia excessiva, a carga tributária elevada – que persistirá mesmo com a reforma – e a insegurança jurídica são entraves históricos que não mereceram a devida atenção da atual gestão. O curioso é que o governo conhece muito bem o tamanho dessa conta. De acordo com cálculos do próprio ministério do Desenvolvimento, o Custo Brasil está estimado em R$ 1,7 trilhão, que é o valor que as empresas nacionais desembolsam para produzir localmente.
Byd vai ampliar investimentos no Brasil
O ânimo da montadora chinesa Byd com o mercado automotivo brasileiro parece não ter fim. Nesta semana, a empresa anunciou o aumento dos investimentos previstos na fábrica de Camaçari, na Bahia, de R$ 3 bilhões para R$ 5,5 bilhões. Embora não tenho fornecido detalhes sobre o destino dos recursos adicionais, é certo que a empresa quer acelerar as obras para a produção de carros no local. A ideia é que os primeiros veículos da Byd comecem a ser montados no complexo até o final do ano.
Vivara perde R$ 1,4 bi em valor de mercado
A atabalhoada troca de comando na rede de joalherias Vivara – na última sexta-feira, a companhia anunciou a volta do fundador Nelson Kaufman ao cargo de CEO após a renúncia de Paulo Kruglensky – custou caro para a empresa. Para ser mais preciso: R$ 1,4 bilhão desapareceram em valor de mercado como efeito da desvalorização de cerca de 20% na cotação de suas ações negociadas na bolsa de valores. O mercado questiona a mudança em um momento em que a empresa entregava bons resultados.
AstraZeneca amplia negócios na área de oncologia
O grupo anglo-sueco AstraZeneca finalizou uma das maiores aquisições de sua história. Por US$ 2,4 bilhões, comprou a canadense Fusion Pharmaceuticals, que desenvolve medicamentos para o tratamento de câncer. A área de oncologia tem papel cada vez mais relevante nos negócios da AstraZeneca. Em dezembro, adquiriu a biotech chinesa Gracell, especializada em terapias celulares, por US$ 1,2 bilhão. No ano passado, o segmento de oncologia respondeu por 40% das receitas do grupo.
Rapidinhas
A segunda edição da “Pesquisa de Sentimento sobre Saúde”, realizada pelo banco BTG Pactual, traz um dado curioso. No setor de saúde, as ações da Hapvida são as preferidas pelos investidores – 47% dos entrevistados apontaram os papéis da empresa como sua principal escolha. A Hapvida tem 17,5 milhões de beneficiados.
A Vult, fabricante de cosméticos do Grupo Boticário, lançou uma campanha para apoiar mulheres em situação de violência doméstica. Feita em parceria com o Instituto Maria da Penha e a ONG Turma do Bem, a iniciativa consiste no lançamento de um batom com 100% da verba revertida para o tratamento odontológico de brasileiras que foram alvo de agressões.
A Mills, maior empresa da América Latina em locação de equipamentos, venceu o prêmio IAPA Awards na categoria “Melhor Empresa de Locação do Ano”, em cerimônia realizada em Copenhague, na Dinamarca. A premiação reconhece boas práticas de segurança, entre outras categorias relacionadas ao mercado de plataformas elevatórias.
Uma pesquisa realizada pelo Sebrae mostra a força do ecoturismo brasileiro. De acordo com o levantamento, o turismo ecológico já responde por 60% do faturamento dos pequenos negócios do setor. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são os estados que mais oferecem atrações com vocação ambiental no Brasil.
“No passado, vários projetos ruins foram encaminhados. Uma casa aprova, outra não aprova, vai para a gaveta de alguém. No fim, vira um Frankenstein”
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, sobre o adiamento do envio para o Congresso da Lei Complementar sobre a reforma da renda
US$ 235,3 bilhões
é a fortuna do bilionário francês Bernard Arnault, dono do império de artigos de luxo LVMH. Com isso, Arnault voltou a ser o homem mais rico do mundo, segundo ranking da revista Forbes