A indústria automotiva global tem um desafio pela frente: enfrentar a concorrência dos chineses, especialmente no segmento de veículos elétricos. Em evento realizado em Portugal, Carlos Tavares, presidente da ítalo-franco-americano Stellantis, gigante nascida da fusão da Fiat Chrysler com a PSA (dona da Peugeot), foi direto ao ponto.
“O que está acontecendo é que os fabricantes chineses têm uma vantagem no campo de produção de 30% em relação aos ocidentais”, afirmou. “Quer dizer que, se eles vendessem na Europa os carros que têm hoje, poderiam colocá-los no mercado a um preço que seria igual aos carros a combustão.”
O mesmo raciocínio vale para o Brasil: quem não fabricar carros elétricos baratos será demolido pelas montadoras da China. Na Europa, fabricantes como a francesa Renault, a alemã Volkswagen e a própria Stellantis estudam a criação de uma aliança para desenvolver elétricos em conjunto. Talvez esse seja o caminho para o Brasil.
BYD dá garantia de apenas um ano para tomada de carregamento
Uma das estratégias das montadoras chinesas para avançar no Brasil é oferecer cinco anos de garantia para alguns de seus modelos. É o caso do BYD Dolphin.
Contudo, os motoristas precisam ficar atentos a pegadinhas. O benefício não inclui componentes da suspensão e da caixa de direção, rolamentos das rodas e até a tomada de carregamento – itens que só são cobertos pela garantia por no máximo um ano ou 20 mil quilômetros. Para não ser pego de surpresa, é recomendável ler o manual do veículo.
Nova bolsa no Rio mostra maturidade da indústria de investimentos
Na última década, poucos segmentos da economia avançaram tanto no Brasil quanto a indústria de investimentos. A criação de uma nova Bolsa de Valores no Brasil, agora no Rio, conforme revelou o jornal O Globo, insere-se nesse contexto.
O projeto da Mubadala Capital, que pertence ao fundo soberano dos Emirados Árabes, nasceu para concorrer com a B3, sediada em São Paulo, e tem a ambição de conectar investidores com outros grandes mercados globais. A estreia está prevista para 2025.
Meta lança projeto para combater fake news
A Meta, dona do Facebook e Instagram, promete lançar uma nova estratégia para identificar e combater conteúdos falsos produzidos por inteligência artificial e publicados em suas redes sociais.
Uma das ideias é aumentar a equipe especializada em analisar postagens e, se for o caso, bloquear as fake news. O primeiro teste da iniciativa será a eleição para o Parlamento da União Europeia, em junho. Contudo, o maior desafio será a eleição presidencial nos Estados Unidos, em novembro.
Rapidinhas
- O grupo suíço EuroChem, um dos líderes mundiais na produção de fertilizantes, vai inaugurar, em 13 de março, o Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre, em Minas Gerais. A planta recebeu US$ 1 bilhão em investimentos e será responsável, sozinha, pelo aumento de 15% da produção de fertilizantes fosfatados no Brasil a partir de 2025.
- A filantropia nunca foi o forte dos brasileiros, mas agora o cenário piorou – e muito. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR) constatou que as doações individuais no país com valores acima de R$ 3 mil caíram 67% em 2023 versus 2022. Por sua vez, o número de doadores encolheu 60%.
- O pessimismo a respeito da produção brasileira de soja na safra 2023/2024 começa a ficar para trás. Segundo a consultoria StoneX, serão 151,5 milhões de toneladas para o período – a projeção anterior era de 150,3 milhões de toneladas. Segundo a empresa, o motivo é o bom volume de chuva em grande parte das regiões produtoras.
- As mudanças climáticas provocam efeitos negativos em diversos setores econômicos – até no turismo. Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI) constatou que os extremos do clima como chuvas e secas fortes ou calor e frio intensos afastam turistas e prejudicam os negócios do setor.
R$ 3 trilhões
foi quanto os micros, pequenos e médios negócios movimentaram no Brasil em 2023, segundo o Sebrae. O número representou um avanço de 7% sobre 2022