Não é fácil para a Petrobras concorrer com empresas que não se submetem à mão pesada do Estado. De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a petrolífera está há 172 dias sem reajustar a gasolina. Como se não bastasse, outro estudo, desta vez realizado pelo Observatório Social do Petróleo (OSP), aponta que a diferença de preços entre o combustível cobrado pela estatal e nas refinarias privadas está em torno de 15%.
Os brasileiros estão cansados de saber que a Petrobras não consegue definir o seu próprio destino – os governantes de plantão costumam determinar as políticas de preços da empresa, de distribuição de dividendos e, claro, escolher os nomes que a comandam. Com a defasagem no valor do combustível, deverão surgir novos embates políticos sobre eventuais reajustes. No enredo de intrigas entre a companhia e o governo, ela quase sempre sai perdendo.
Petrolífera encontra acumulação de petróleo na Bacia Potiguar
Em meio ao cenário adverso, a Petrobras anunciou a descoberta de uma acumulação de petróleo em águas profundas da Bacia Potiguar, na divisa entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte. Trata-se da segunda descoberta na região em apenas 4 meses. A petrolífera, contudo, preferiu não exagerar no otimismo. De acordo com a empresa, as descobertas, embora promissoras, ainda carecem de estudos mais avançados. Ressalte-se que a Petrobras é dona de 100% das duas operações.
Ataques cibernéticos ameaçam sistema financeiro global
O sistema financeiro global enfrenta uma ameaça cada vez mais perigosa: os ataques cibernéticos. Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) calculou em US$ 2,5 bilhões os prejuízos causados pela ação dos criminosos desde 2017. E o pior: a curva dos ataques é ascendente. Para se proteger, as instituições desembolsam fortunas. Apenas o JP Morgan Chase, banco americano que ocupa o primeiro lugar entre os que possuem o maior volume de ativos, gastou US$ 15 bilhões em tecnologias de prevenção.
Boeing decepciona com entregas no primeiro trimestre
A fabricante americana de aviões Boeing não vive, definitivamente, um bom momento. Ontem, a empresa informou que entregou, no primeiro trimestre de 2024, 83 aviões comerciais, abaixo dos 130 no mesmo período do ano passado. Foi o pior desempenho desde 2021. Em fevereiro, a empresa revelou ter encontrado um novo problema na fuselagem do 737 Max, aquele mesmo que, em um intervalo de apenas quatro meses, matou 189 pessoas no mar da Indonésia (em outubro de 2018) e 157 na Etiópia (em março de 2019).
6,1 bilhões
foi o número de acessos que as plataformas de apostas esportivas receberam no Brasil em 2023, um aumento de quase 80% versus 2023. Os dados são da Similarweb,empresa de inteligência e análise de tendências do mercado.
“A nossa dívida é elevada, com déficits públicos há bastante tempo, e uma parte da poupança vai para o consumo do próprio Estado”
Tomás Goulart
Economista-chefe da gestora Novus Capital
Rapidinhas
- Os empresários estão mais otimistas com o país. Pelo menos é isso o que mostra o Índice de Confiança do Empresário do Comércio, medido pelaFederação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador avançou0,7% na passagem de fevereiro para março– foi a quarta alta consecutiva. O ciclo de queda de juros é o que fez aumentar a confiança.
- O Brasil está se consolidando no topo das nações que mais produzem energia solar. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o país fechou 2023 com 37,4 gigawatts (GW) de capacidade operacional solar, passando a ocupar a sexta posição no ranking mundial, dois postos acima da lista anterior.
- O El Ninõ provoca estragos no agronegócio brasileiro. Em Goiás, um dos estados que lideram as atividades ligadas ao campo no país, o fenômeno climático deverá provocar uma queda de 10% na safra de grãos 2023/24. Ainda assim, o impacto será menos grave do que o esperado. As iniciativas iniciais apontavam para um tombo de 20%.
- A XP Asset captou R$ 558 milhões para pagar a compra dos parques eólicos Vila Acre I e Vila Acre II, instalados no município de Serra do Mel, no Rio Grande do Norte. Além deles, a XP investe também em dois ativos de geração de energia solar em Tocantins, além linhas de transmissão no Norte e Nordeste.