O agronegócio brasileiro tem enfrentado grandes obstáculos nos últimos meses. Perdas de safra, fenômenos climáticos adversos e crédito caro são fatores que levaram os produtores a enfrentar um ciclo inesperado de dificuldades. Tanto é assim que, no ano passado, segundo dados apurados pela Serasa Experian, o número de recuperações judiciais no setor aumentou 535% ante 2022.
Em 2024, as RJs agrícolas seguem em alta – e tudo indica que continuarão avançando por um bom tempo. A crise obrigou o governo a se mexer. Ontem, durante a realização da feira Agrishow em Ribeirão Preto (SP), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social anunciou uma nova linha de crédito voltada para produtores.
Chamada de BNDES CPR, ela tem limite de R$ 20 milhões a cada 12 meses, com prazo de pagamento em até 60 meses. A iniciativa, contudo, vem com atraso. A nova linha havia sido prometida para fevereiro, mas apenas agora foi liberada.
Petrobras reduz emissões em seus processos produtivos
As emissões de carbono na exploração e produção de petróleo pela Petrobras estão em queda. Em 2018, a empresa emitiu, em seus processos, 17 quilos por barril de óleo equivalente (CO2e/boe). Atualmente, o índice está em 15 quilos. Ainda assim, a empresa brasileira emite mais poluentes do que alguns de seus rivais. Na norueguesa Equinor, são 7 quilos por barril de óleo equivalente. A estatal da Árabia Saudita Saudi Aramco fechou 2022 com o indicador por volta de 10 quilos.
Prêmio Jabuti veta Inteligência Artificial
A Câmara Brasileira do Livro divulgou o regulamento da nova edição do Prêmio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira. Desta vez, com uma novidade: não poderão participar do concurso obras produzidas por Inteligência Artificial. A preocupação parece exagerada? Nem tanto. Está cada vez mais difícil distinguir o que foi criado por máquinas ou humanos. Na última edição do prêmio, os organizadores descobriram que uma ilustração foi feita com o uso da IA. O trabalho acabou desclassificado.
Balanços das big techs surpreendem
Em 2023, as big techs, como são chamadas as maiores empresas de tecnologia do mundo, realizaram demissões em massa sob a justificativa de que precisavam equilibrar os custos. Em 2024, muitas delas parecem ter deixado o pior para trás. Microsoft, Alphabet (dona do Google), Meta (proprietária do Facebook, Instagram e WhatsAp) e até a Snap (responsável pelo aplicativo de fotos e vídeos Snapchat) divulgaram balanços que superaram as expectativas, com faturamento e lucros em alta.
Rapidinhas
- As tensões geopolíticas e os conflitos na Europa e Oriente Médio impulsionam os gastos globais com armamentos. Segundo relatório do Stockholm International Peace Research Institute (Sipri), o mundo desembolsou no ano passado US$ 2,4 trilhões nessa área, o que representou um aumento de 7% versus 2022 – foi o maior avanç ;o mensal desde 2009.
- Portugal, Estados Unidos e Canadá são os países preferidos dos brasileiros para trabalhar no exterior, conforme levantamento feito pela consultoria Boston Consulting Group. Há uma razão óbvia para Portugal liderar a preferência: a língua, apontada por 34% dos entrevistados como um fator decisivo na escolha do destino.
- A Inteligência Artificial começa a fazer diferença no campo. Segundo a brasileira Solinftec, seu robô de monitoramento agrícola Solix diminuiu em 90% o uso de herbicidas em fazendas de grãos. Equipado com recursos de IA, o Solix é capaz de realizar aplicações localizadas nas plantas, com altos níveis de precisão.
- Os parques de diversão estão em alta no mundo. Depois de a Disney apresentar bons números no primeiro trimestre, a Comcast, empresa proprietária dos parques Universal, revelou que as receitas geradas por essa divisão subiram 1,5% nos três primeiros meses do ano. O melhor desempenho veio do Universal Studios Hollywood.