Conforme esperado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia, a Selic, para 10,5% ao ano. O corte, de 0,25% ponto percentual, põe fim ao ciclo de seis reduções seguidas de 0,5 ponto percentual, o que certamente irritou o presidente e Lula e a equipe econômica do Ministério da Fazenda, que defendem juros menores como estratégia para impulsionar a economia.
No comunicado para justificar a sua decisão, o BC disse que incertezas no cenário global e doméstico exigem “cautela.” Não custa lembrar que, sob o comando de Roberto Campos Neto, o BC mais acertou do que errou nos últimos anos, tendo sido o maior responsável por derrotar a inflação trazida pela pandemia.
A decisão do colegiado do Copom foi apertada – cinco de seus integrantes votaram pelo corte de 0,25 ponto percentual, enquanto os outros quatro indicaram redução de 0,5. Ou seja, é um prato cheio para debates que dominarão o mercado financeiro nos próximos dias.
Pedido de recuperação judicial da Coteminas é aprovado
A Coteminas, grupo do setor têxtil controlado por Josué Gomes da Silva (foto), presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), teve seu pedido de recuperação judicial aprovado. O processo envolve todas as empresas da holding – Springs Global, Ammo Varejo e Santanense. Não há informações públicas atualizadas sobre a real situação financeira da empresa. O último balanço que divulgou diz respeito ao primeiro trimestre de 2023, quando suas dívidas eram de R$ 672,5 milhões.
Chinesa Oppo aumenta aposta no mercado brasileiro de celulares
Os chineses querem desbravar o mercado brasileiro de smartphones. A mais recente investida nesse sentido foi feita pela Oppo, que fechou uma parceria com o Grupo Multi (ex-Multilaser) para a fabricação e distribuição dos aparelhos no Brasil. Pelo acordo, a Magalu venderá os celulares com exclusividade em seus canais oficiais. Embora relativamente desconhecida no Brasil – a marca só é encontrada via importação –, a Oppo está entre as cinco maiores fabricantes de smartphones do mundo.
Produção de veículos acelera com força no Brasil
Ainda é cedo para dizer que a indústria automotiva no Brasil está ingressando em uma nova era, mas os números do mercado justificam certa dose de otimismo. Em abril, as montadoras instaladas no país produziram 222 mil veículos, um acréscimo de 27% na comparação anual, segundo dados da Anfavea, a associação do setor. “Isso é reflexo das vendas internas”, disse Márcio Leite, presidente da entidade. “A média diária de emplacamento é relevante. Estamos trabalhando acima de 10 mil unidades por dia.”
100 milhões
de clientes no Brasil, México e Colômbia é a marca alcançada nesta semana pelo banco digital Nubank
Rapidinhas
- A Microsoft e o LinkedIn divulgaram o seu aguardado “Índice de Tendências de Trabalho”. Como não poderia deixar de ser, a Inteligência Artificial é o destaque do relatório. Segundo o estudo, 75% dos trabalhadores no mundo usam algum recurso da tecnologia. O Brasil, quem diria, está bem cotado. Por aqui, o índice é de 83%.
- Desde o final da pandemia de COVID-19, o setor de viagens corporativas cresce a cada mês. O mais recente levantamento da Alagev, associação que reúne as empresas do setor, indica que, em fevereiro passado, a atividade movimentou R$ 10,3 bilhões no país, o que significou um avanço de 5% em relação ao mesmo período de 2023.
- Os avanços das estratégias de combate às fraudes em transações online começam a trazer bons resultados. Um estudo da Equifax/Boa Vista mostrou que a média de tentativas de golpes no e-commerce brasileiro caiu 30% em 2023 versus 2022. Ainda assim, os ataques cibernéticos permanecem elevados, o que exige vigilância constante das empresas.
- As doações para a recuperação do Rio Grande do Sul vêm de todos os lados – inclusive do exterior. Tim Cook, presidente da big tech americana Apple, afirmou no X (ex-Twitter) que a empresa destinará recursos para “esforços de socorro locais.” O executivo, porém, não detalhou o que será feito pela empresa de maçã.
“O Brasil negacionista, do tempo anterior, foi o único país do mundo que desonerou o combustível fóssil. Se a gente quer evitar desastre climático, a gente tem de descarbonizar o planeta”
Fernando Haddad - Ministro da Fazenda