Para os que esperavam um cenário de terra arrasada, a demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras provocou efeitos menores na bolsa brasileira do que os projetados por muitos analistas. Ontem, o Ibovespa fechou com queda de 0,38%, dentro da normalidade. As ações da petrolífera sofreram mais, tombando 6% – mas, ainda assim, abaixo do recuo de 8% observado ao longo do dia.
Para efeito de comparação, em fevereiro de 2021, quando o então presidente Jair Bolsonaro trocou Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna para comandar a Petrobras, a ação da companhia desabou 21% em um único dia.
Obviamente, a demissão de Prates representa um caso clássico de ingerência política, escancarando, uma vez mais, a disposição do presidente para interferir nos rumos da companhia. Isso é péssimo para uma empresa que deveria ser administrada por critérios essencialmente técnicos. Ao que parece, contudo, os investidores já apostavam nisso.
Lei das Estatais vai dificultar as nomeações políticas na Petrobras
Há uma razão para os analistas não acreditarem em mudanças drásticas na Petrobras: a Lei das Estatais. Em vigor desde 2016, ela exige qualificação técnica para nomeações em empresas estatais – entre outras limitações, determina a quarentena de 36 meses para que dirigentes de partidos assumam postos de direção em companhias desse tipo. Lula indicou Magda Chambriard para comandar a petrolífera. Ela é mais desenvolvimentista do que Prates, mas tem 20 anos de serviços prestados à Petrobras.
BTG acredita em valorização das ações da petrolífera
Apesar de a Petrobras ter perdido R$ 34 bilhões em valor de mercado após a demissão do presidente Jean Paul Prates, o banco BTG Pactual não vê a empresa com pessimismo. Pelo contrário.“Preferimos nos manter consistentes com as nossas decisões anteriores e evitar reações exageradas a movimentações súbitas do governo”, disse a instituição, em relatório. De acordo com projeção do BTG, as ações da Petrobras têm potencial de valorização de 13% em relação ao preço atual.
Prevent Senior suspende venda de planos de saúde
A partir de 31 de maio, a operadora de saúde Prevent Senior suspenderá a venda de planos em São Paulo e no Rio de Janeiro. De acordo com a companhia, a medida se deve à sobrecarga de atendimentos nestes tempos em que o país enfrenta surtos de várias doenças – dengue especialmente. A Agência Nacional de Saúde garante que a medida não afetará o atendimento aos 580 mil beneficiários da companhia. Segundo a Prevent, a suspensão é temporária e será interrompida assim que o cenário se normalizar.
Rapidinhas
A empresa chinesa de comércio eletrônico Temu encaminhou à Receita Federal o pedido de certificação no Remessa Conforme, programa que permite a chegada de encomendas abaixo de US$ 50 ao Brasil sem o pagamento do imposto de importação de 60%. Fundada em 2022, a Temu oferece preços baixos e uma colossal variedade de produtos.
A empresa mineira de softwares Sankhya comprou, por valores não revelados, a companhia de gestão de tributos Asis. Com isso, a Sankhya conclui a sexta aquisição desde 2021 e se aproxima da meta de alcançar faturamento anual de R$ 1 bilhão. Fundada em 2010, a Asis atende 3,5 mil clientes, principalmente escritórios contábeis.
A Uber foi às compras. Nesta semana, a empresa americana de mobilidade adquiriu, por US$ 950 milhões, a Foodpanda, aplicativo de delivery que opera em Taiwan. A ideia da Uber é fortalecer sua presença no mercado asiático, ainda pouco explorado pela companhia. O negócio depende da aprovação das autoridades regulatórias.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deverá participar do Projeto Artemis, criado pela Nasa para estabelecer uma base permanente na Lua. A informação é de Marco Chamon, presidente da Agência Espacial Brasileira. Segundo ele, a Embrapa ajudará a desenvolver tecnologias para o cultivo de alimentos no espaço.
“É importante recolocar: meta não se discute, se persegue e se atende”Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do Banco Central, sobre os compromissos com a meta da inflação
1,2 bilhão de euros
é quanto os Jogos Olímpicos de Paris arrecadaram em patrocínio. Trata-se do maior valor da história da competição