A tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul deixará também um rastro de destruição nas lavouras agrícolas. Segundo levantamento feito pela consultoria Safras&Mercados, as perdas na safra local de soja poderão chegar a 5 milhões de toneladas.
O Rio Grande do Sul responde por 15% do esmagamento nacional do grão – os estragos econômicos, portanto, serão severos, embora ainda não tenham sido mensurados com precisão. Também há grande preocupação com as lavouras de arroz, pois o estado concentra 70% da produção brasileira.
Uma projeção recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontava para a colheita de 7,4 milhões de toneladas de arroz na atual safra, mas o número certamente será revisado para baixo nos próximos dias. Os danos estão por toda parte. De acordo com o Ministério da Agricultura, 10 frigoríficos paralisaram os abates no Rio Grande do Sul em decorrência da calamidade climática.
Grandes empresas paralisam produção no Sul do país
A siderúrgica Gerdau paralisou, no último fim de semana, a operação nas unidades de Charqueadas e Riograndense, no Rio Grande do Sul. A empresa diz que elas não foram prejudicadas pela chuva, mas tomou a decisão porque muitos de seus funcionários e familiares sofreram com a tragédia. Medidas parecidas foram tomadas por outros grandes grupos empresariais locais, como Marcopolo, maior fabricante de componentes e carrocerias de ônibus do Brasil, e a fabricante de autopeças Fras-le
Mulheres são onipresentes na rede de laboratórios Sabin
Poucas empresas no Brasil valorizam tanto a presença feminina em seus quadros quanto a rede de laboratórios Sabin. Fundada em 1984, em Brasília, por duas mulheres – Janete Vaz e Sandra Costa – a empresa atingiu agora uma importante marca: 77% dos seus 7 mil funcionários são do sexo feminino, sendo que 74% dos cargos de liderança estão ocupados por mulheres. Entre os grandes grupos empresariais do país, certamente não há nenhum outro em que a presença delas seja tão expressiva.
Veneza estreia polêmica cobrança de taxa de visitação
A cidade de Veneza, na Itália, começou a cobrar uma taxa de 5 euros (R$ 27) para liberar o acesso a turistas. Segundo as autoridades locais, a medida foi feita para reduzir o número de visitantes, que estariam colocando em risco seus famosos canais. O overtourism não é exclusividade italiana. Em Amsterdã, na Holanda, ônibus de turistas foram banidos de regiões centrais. Dados da ONU mostram que o número global de turistas quase dobrará até 2030, passando de 1,3 bilhão por ano para 2 bilhões.
Rapidinhas
A empresa de alimentos JBS antecipará o pagamento do 13º salário de seus funcionários que trabalham no Rio Grande do Sul. Cerca de 15 mil profissionais serão beneficiados pela iniciativa. “O objetivo é apoiar os colaboradores nesse momento em que as chuvas causam enormes transtornos a toda a população do Estado”, diz a JBS.
A Concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, administradora do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), concluiu as obras do novo terminal logístico no local. Com a iniciativa, que recebeu investimentos de R$ 37,5 milhões nesta nova fase, Viracopos passará a abrigar o maior complexo de carga aérea do Brasil.
A inflação do cacau está descontrolada. Em março, o preço do fruto cresceu 32% em relação a fevereiro, segundo levantamento feito na Associação Brasileira da Indústria de Alimentos. Em um ano, os preços do produto dispararam 142% e não há sinal de que irão recuar. O fenômeno se deve a efeitos climáticos adversos e pragas.
A fabricante dinamarquesa de brinquedos Lego teve um 2023 para comemorar. Suas receitas globais aumentaram 4% no ano passado, enquanto o mercado encolheu 7%. No Brasil, a empresa quase centenária (foi fundada em 1932) desbrava novas regiões. Recentemente, abriu sua primeira unidade em Manaus, na capital do Amazonas.
R$ 13,6 bilhões
foi quanto movimentou a edição 2024 da Agrishow, maior feira agrícola do país. O número surpreendeu. Mesmo com a crise do setor, significou um aumento de 2,4% versus o evento realizado em 2023