No primeiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,8% em comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE. O resultado veio ligeiramente acima do esperado pelo mercado financeiro, que estimava um avanço de 0,7% no período.
Desta vez, chamam a atenção o aumento dos investimentos, que aceleraram 4,1%, e do consumo das famílias, com alta de 1,5%. No cômputo geral, o saldo é regular, porque não há sinais – longe disso – de que teremos um ano com grandes feitos na economia. As previsões apontam para um crescimento do PIB brasileiro em 2024 um pouco acima de 2%. Portanto, abaixo do desempenho de 2023, quando subiu 2,9%.
Registre-se que, ao longo do ano, serão contabilizados os efeitos da tragédia no Rio Grande do Sul e da redução do ritmo de corte da Selic, a taxa básica de juros da economia. E, claro, o risco fiscal permanece. Sendo assim, o PIB provavelmente continuará no mesmo ritmo lento dos últimos anos.
Brasil foi o 17º país que mais cresceu em 2024
A comparação com outros países mostra que o desempenho do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2024 não brilhou, mas também não decepcionou. Considerando informações de 53 economias, ficamos em 17º lugar entre as nações que mais cresceram – à frente de ricos como Estados Unidos e Alemanha. Vale ressaltar que a posição intermediária para um país emergente não é satisfatória. O Brasil deverá encerrar o ano como a 8ª maior economia do mundo, segundo projeção do Fundo Monetário Internacional.
Bolsa brasileira continua decepcionando
Apesar de o PIB brasileiro crescer acima das expectativas, dos bons níveis de emprego e da inflação sob controle, a bolsa brasileira vive um pesadelo sem fim. Em 2024, o Ibovespa, o principal índice de B3, está entre os indicadores acionários de pior desempenho no mundo. Não à toa, os estrangeiros partiram em debandada – em maio, pelo quinto mês consecutivo, as saídas de recursos superaram as entradas. No ano, o saldo dos não residentes está negativo em alarmantes R$ 36 bilhões.
Venda de carros cai em maio
Depois de forte arrancada nos quatro primeiros meses do ano, a indústria automotiva colocou o pé no freio em maio. De acordo com números apurados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), 194,3 mil veículos, desconsiderando motos e implementos rodoviários, foram vendidos no mês, o que representa uma queda de 12% versus o mesmo anterior. A entidade diz que não há motivo para preocupação: o recuo deve ser atribuído ao menor número de dias úteis no mês.
Rapidinhas
O Fundo Vale – veículo de fomento e investimento criado pela Vale – completou 15 anos de atuação. Nesse período, a empresa diz ter investido R$ 360 milhões em iniciativas na Amazônia e outros biomas e apoiado 340 negócios de impacto socioambiental. Até o momento, o Fundo ajudou a recuperar 13 mil hectares em 9 estados.
A Secretaria Nacional do Consumidor multou a concessionária Enel em R$ 13 milhões – o valor máximo permitido pelas regras da Senacon – por falhas no fornecimento de energia na região metropolitana de São Paulo. No ano passado e no início de 2024, milhares de pessoas ficaram sem luz durante mais de 48 horas após temporais.
O Pix avança no Brasil. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que a modalidade representou 39% de todas as transações de pagamento realizadas no país em 2023, apenas um pouco abaixo dos cartões de crédito, débito e pré-pagos, que responderam por 41%. Os números do BC revelam que o uso do Pix aumentou 75% em um ano.
Jorge Maruta/Jornal da USP 18/7/12
A Universidade de São Paulo (USP) perdeu o posto de melhor universidade da América Latina no tradicional ranking QS World. Agora, a posição é ocupada pela Universidade de Buenos Aires (UBA). No mundo, a USP aparece na 71ª colocação. A lista é liderada há 13 anos pelo americano MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
US$ 118 bilhões
foi o valor que as seguradoras pagaram em 2023 a clientes que sofreram perdas provocadas pelas catástrofes naturais. Segundo a corretora britânica AON, trata-se de cifra 30% superior à média histórica
“No ano passado, crescemos com a inflação caindo e neste ano, continuamos crescendo com a inflação caindo. Esse deve ser o objetivo da política econômica”
Fernando Haddad, ministro da Fazenda