O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vive o seu pior momento no governo. Até pouco tempo atrás, as críticas vinham apenas do mercado financeiro, mas agora empresários de diversos setores reclamam das dificuldades do país para controlar as contas públicas, da confusão envolvendo a taxação das compras feitas em sites internacionais e da lambança no episódio da medida provisória 1.227, que limita o uso de créditos do PIS/Cofins.

 



 

Como resultado, parece óbvio que será difícil retomar a confiança do empresariado. Uma afirmação recorrente dos executivos diz que o atual governo é mais parecido com a gestão Dilma do que com os dois primeiros mandatos de Lula. Mas, convenhamos, é preciso esperar os 4 anos de administração para chegar a uma conclusão definitiva. Seja como for, comprar brigas sem sentido com o setor produtivo – como no famigerado episódio da MP 1227 – é um erro que o governo deveria evitar.

André Esteves vê Brasil com otimismo

Uma voz dissonante no mar de pessimismo que tomou conta do empresariado é a de André Esteves, presidente do conselho de administração do banco BTG Pactual. Durante o FII Priority Summit, encontro internacional de líderes, investidores e executivos realizado no Rio de Janeiro, Esteves destacou vários pontos que considera positivos no país. “Temos uma economia equilibrada, baixa inflação, superávit comercial, grandes investimentos. E uma democracia consolidada”, afirmou.

Gigante do setor de celulose, Suzano entra no mercado têxtil

A brasileira Suzano, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, acaba de finalizar uma das investidas mais ousadas de sua história centenária: entrar com tudo no setor têxtil. A empresa comprou uma fatia de 15% da austríaca Lenzing, que se destacou nos últimos anos por usar tecnologias de produção de fibras têxteis e não tecidos a partir da celulose. Pelo acordo, a Suzano desembolsará 230 milhões de euros, ou aproximadamente R$ 1,3 bilhão em recursos próprios.

Receitas dos clubes de futebol aumentam, mas dívidas também

No campo econômico, o futebol brasileiro é um fiasco. Um estudo feito pelo economista Cesar Grafietti, da consultoria esportiva Convocados, mostrou que a situação financeira dos principais clubes do país piorou no ano passado – e isso apesar do aumento das receitas. Em 2023, o faturamento dos 20 maiores times somou R$ 8,8 bilhões, acima dos R$ 7,2 bilhões de 2022. Mesmo assim, as suas dívidas líquidas dispararam, passando de R$ 8,4 bilhões para R$ 11,7 bilhões entre 2022 e 2023.

US$ 3,27 trilhões

é o novo valor de mercado da americana Apple, que se aproxima da Microsoft – avaliada em US$ 3,28 trilhões – no ranking de empresa mais valiosa do mundo

Rapidinhas

  • O número de estabelecimentos que fabricam cerveja no Brasil não para de crescer. Em 2023, segundo o “Anuário da Cerveja” elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, havia 1.847 produtores da bebida no país, o que representou um acréscimo de 7% versus 2022. São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais lideram a produção.
  • Os países ricos estão fazendo de tudo para frear o avanço dos carros elétricos fabricados na China. Ontem, a Comissão Europeia afirmou que pretende ampliar em até 38% a taxação de veículos feitos no país asiático. O argumento dos europeus é que os carros chineses contam com subsídios injustos que prejudicam os concorrentes locais.
  • O turismo está em alta no Brasil. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo IBGE, as atividades ligadas ao setor cresceram 2,3% em abril na comparação com março. Os maiores avanços foram registrados por Minas Gerais (4,9%), Distrito Federal (4,4%) e São Paulo (3,7%). O Rio Grande do Sul teve a maior queda (3,6%).
  • O Mercado Pago, banco digital do Mercado Livre, é a única marca da América Latina entre as 20 mais valiosas do mundo na categoria serviços financeiros, segundo ranking da consultoria Kantar. Com valor de US$ 18 bilhões, o Mercado Pago aparece na 20ª posição. A Visa ficou em primeiro lugar, avaliada em US$ 189 bilhões.

 

 

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