O governo federal parece, enfim, convencido sobre a importância de cortar gastos para trazer algum alívio às contas públicas. Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente Lula autorizou a análise, pela equipe econômica, de benefícios sociais irregulares – o escrutínio será feito inclusive nos cadastros do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
É preciso achar meios para cumprir a meta de déficit zero no Orçamento de 2025, um objetivo que os economistas consideram difícil de alcançar. Há duas semanas, Haddad anunciou que eliminaria quase R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias, mas não informou o que seria cortado.
Na próxima segunda-feira, o Tesouro Nacional publicará o seu relatório bimestral sobre as despesas e receitas do governo, mas a expectativa do mercado é de que os dados sejam desanimadores. Se o país não resolver o seu problema fiscal, o crescimento econômico ficará comprometido.
Meta planeja comprar fatia de dona da Ray-Ban
A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, vai levar ao extremo o conceito de diversificação dos negócios. Segundo o jornal britânico “Financial Times”, a big tech planeja comprar uma fatia de 5% da ítalo-francesa EssilorLuxottica, maior fabricante de óculos do mundo e dona de marcas icônicas como Ray-Ban, Oakley e Vogue Eyewear. Há uma razão para a nova investida da empresa de Mark Zuckerberg: reforçar a divisão que produz óculos de realidade aumentada e realidade virtual.
Mudanças climáticas ameaçam oferta de alimentos
Um estudo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos projeta um cenário preocupante para o agronegócio nos próximos anos. Com as mudanças climáticas, o crescimento da produtividade das lavouras cairá de uma média de 2% ao ano para 1,9% – e a tendência é de quedas mais acentuadas nos próximos anos. O resultado é que a oferta de alimentos diminuirá, enquanto a população mundial continuará crescendo. Para reduzir os danos, a humanidade precisará ampliar o combate aos extremos do clima.
Fundadora da Tok&Stok falha em recuperar a imagem da marca
Em julho de 2023, a fundadora da Tok&Stok, a francesa Ghislaine Dubrule, retomou o comando da empresa para trazer os tempos áureos de volta. Exato um ano depois, ela deixou o cargo com resultados decepcionantes. A gestora Carlyle, controladora de 60% da varejista, quer colocar em seu lugar um executivo especializado em reestruturação de negócios. Dubrule havia prometido resgatar a imagem da marca, que revolucionou a venda de móveis e produtos para decoração no Brasil. Não conseguiu.
Rapidinhas
A proposta da Agência Reguladora de Sergipe (Agrese) de revisar o contrato da Sergas (Sergipe Gas), válido até 2043, levanta dúvidas sobre a capacidade de o Estado honrar contratos. A audiência pública para discutir mudanças no contrato da distribuidora de gás natural – empresa controlada pelo governo estadual – foi programada para a próxima segunda-feira.
A audiência ocorrerá pouco antes do leilão de concessão dos serviços de saneamento, previsto para setembro. Investidores privados temem pela segurança jurídica, já que o leilão exige grandes volumes de recursos em água e esgoto em uma concessão de 35 anos que estará sob regulação da mesma Agrese.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) prevê que a oferta de energia por biomassa – fonte renovável a partir de matéria orgânica – crescerá 12% em 2024 versus 2023. Ao menos 22 usinas geradoras serão construídas neste ano, e oito delas já entraram em operação, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Às vésperas do início dos Jogos de Paris, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou a primeira edição da Olimpíada de eSports, voltada a jogos eletrônicos. O evento será realizado na Arábia Saudita em 2025, mas a entidade não definiu qual será a periodicidade do evento nem as futuras sedes.
3,6 milhões
de turistas internacionais visitaram o Brasil no primeiro semestre de 2024, o que significou um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério do Turismo
“Nós vamos ter que cortar gastos, é verdade, mas vamos cortar gastos naquilo que efetivamente está sobrando: fraude, erros, irregularidades”
Simone Tebet,
ministra do Planejamento e Orçamento