A semana será decisiva para os rumos do mercado financeiro. Na próxima quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) definirão as taxas de juros que balizarão a economia de seus países.
Por aqui, os analistas projetam que a Selic será mantida em 10,5% ao ano. A expectativa maior está no comunicado do BC, que poderá indicar uma agenda monetária mais restritiva – leia-se, juros maiores – no futuro próximo. Nos Estados Unidos, aguarda-se um sinal do Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed (Fomc, na sigla em inglês) de que o ciclo de juros altos está com os dias contados.
Muitos observadores acreditam que a autoridade monetária do país reduzirá as taxas na próxima reunião, em setembro, o que poderá representar um gatilho para o mercado global de ações, inclusive o brasileiro. A “superquarta” reserva ainda a decisão do Banco Central do Japão, que poderá aumentar os juros locais.
Fiagros avançam no embalo do agronegócio
Criados em março de 2021, os Fiagros, como são chamados os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais, caíram rapidamente no gosto dos investidores brasileiros. De acordo com dados apresentados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, o patrimônio líquido desses instrumentos financeiros aumentou de R$ 15,6 bilhões em junho de 2023 para R$ 38,5 bilhões em junho de 2024. Atualmente, existem cerca de 40 Fiagros disponíveis para pessoas físicas e jurídicas.
JBS aumenta apetite por investimentos internacionais
A brasileira JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, está investindo US$ 50 milhões, ou R$ 280 milhões, para expandir os negócios na Arábia Saudita. O dinheiro se destina à construção de uma fábrica da marca Seara na cidade de Jeddah, com previsão de inauguração em novembro. A unidade terá capacidade para produzir 30 mil toneladas anuais de empanados de frango. O apetite internacional da empresa está em alta. Há alguns dias, anunciou um aporte de R$ 400 milhões na Austrália.
Ford investe em centro de pesquisas no Brasil
Três anos depois de fechar as suas fábricas no Brasil, a montadora americana Ford fez de seu centro de pesquisas instalado em Camaçari, na Bahia, um dos mais importantes do mundo. Tanto é assim que construirá um novo prédio no local para a realização de testes, análises e pesquisas – a meta é inaugurar o edifício em 2026. A Ford possui nove centros de engenharia, mas a unidade brasileira está entre as mais avançadas. Além disso, a companhia mantém um centro de provas em Tatuí (SP).
“O mercado enxerga a preocupação de Haddadcom o gasto público, mas não vê essa mesma preocupação no Lula”
Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central
Rapidinhas
- Um estudo realizado pelo Google demonstrou como a inteligência artificial tem atraído um volume expressivo de investimentos. No ano passado, as startups da América Latina especializadas no desenvolvimento de IA captaram US$ 11,6 bilhões – trata-se de um avanço de 8,6 vezes em relação ao número levantado em 2019. Em 2024, a cifra deverá crescer.
- Com a digitalização dos meios de pagamentos, as agências bancárias passam por um processo de declínio. Segundo dados do Banco Central, em junho de 2024 havia 17 mil delas em operação no Brasil. Para efeito de comparação, eram 20,7 mil em janeiro de 2020. A pandemia de COVID-19 acelerou os fechamentos de agências no país.
- A montadora japonesa Toyota vendeu 11 mil carros híbridos no Brasil no primeiro semestre de 2024, número suficiente para assegurar a sua liderança no segmento, com 23% de participação de mercado. A Toyota foi responsável por introduzir os primeiros modelos híbridos que circularam no país – o Prius estreou em 2013.
- Novos dados de vendas de iPhones pelo mundo mostram que o principal produto da Apple tem um inédito desafio pela frente. Na China, maior mercado da empresa no mundo, os iPhones deixaram a lista dos cinco preferidos, algo que não ocorria desde o ano passado. A Apple tem sofrido para concorrer com as marcas locais.