B3 e outras bolsas viveram um dia de caos mundo afora -  (crédito: Yasuyoshi CHIBA/AFP PHOTO)

B3 e outras bolsas viveram um dia de caos mundo afora

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De tempos em tempos, o mercado financeiro entra no modo pânico, levando a cotação dos papéis a tombar rapidamente. Algumas vezes, o temor é justificado – a pandemia de COVID-19 é exemplo disso. Em outras ocasiões, contudo, o desespero parece exagerado.

 

Nessa segunda-feira, as principais bolsas do mundo, inclusive a brasileira, viveram um dia de caos, com perdas robustas que começaram na Ásia e se espalharam pela Europa e Américas. Para ter ideia, os principais índices americanos de ações registraram as maiores quedas percentuais desde junho de 2022.

 

Fatores como ameaça de recessão nos Estados Unidos assustaram os investidores, mas é possível que a reação tenha sido excessiva. Entre outros nomes, o presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, além de diversos gestores de investimentos, afirmam que a recessão americana é um fantasma distante e que o cenário não é tão nebuloso a ponto de justificar uma catástrofe dessa dimensão no mercado financeiro.

 

“É uma reação absolutamente extremada”



 

Marcelo Noronha - Presidente do Bradesco, sobre a queda generalizada das principais bolsas de valores do mundo diante do temor de uma recessão nos Estados Unidos

 

Justiça condena Google em processo antitruste

 

Após quase um ano de julgamento, a Justiça dos Estados Unidos decidiu que o Google manteve monopólio ilegal sobre mecanismos de busca na internet, o que violaria a lei antitruste do país. A deliberação afirma que a empresa sufocou concorrentes, impedindo-os de atuar em condições de igualdade. Cabe recurso – ou seja, a batalha nos tribunais deverá ser longa e desgastante. Se a punição ao Google vingar, terá consequências profundas, levando a mudanças no próprio modelo de internet.

 

Big techs perdem US$ 900 bilhões em um dia

 

Uma destruição colossal de valor. Foi esse o cenário enfrentado nesta-segunda-feira pelas big techs, as grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos, nas bolsas americanas. A cotação de papéis de companhias como Alphabet (dona do Google), Amazon, Apple, Meta (controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp), Microsoft, Nvidia e Tesla caíram até 6%. As perdas totais em valor de mercado chegaram a astronômicos US$ 900 bilhões, valor que equivale ao PIB de um país como a Turquia.

 

Bradesco melhora resultados financeiros

 

Quando assumiu a presidência do Bradesco, em novembro de 2023, o pernambucano Marcelo Noronha tinha a missão de melhorar o desempenho financeiro do banco. Pouco mais de seis meses depois, os resultados começam a aparecer. Entre abril e junho, o banco teve lucro líquido de R$ 4,7 bilhões, um avanço de 12% ante o primeiro trimestre e acima das projeções do mercado. O retorno sobre o patrimônio (medida de rentabilidade conhecida como ROE) ficou em 10,8%, ante 10,2% no primeiro trimestre.


 

Rapidinhas

 

  • A Petrobras confirmou a descoberta de gás natural na Bacia de Guajira, na Colômbia, após perfurar um poço no bloco conhecido como Tayrona. A petrolífera brasileira detém, em parceria com a Ecopetrol, participação de 44,4% no local. Em 2022, a Petrobras já havia descoberto gás na região, mas no bloco chamado Uchuva-1.


  • A gaúcha SIM Distribuidora lançou a marca de postos de combustíveis Petronas no Brasil. Com isso, o mercado brasileiro passou a ser o primeiro a receber postos da bandeira Petronas fora da Malásia. Eles estão localizados em São Paulo, mas a ideia é explorar outras praças. A meta da Sim é instalar mil postos nos próximos anos.


  • Quer ter acesso a uma lembrança histórica dos Jogos Olímpicos? A partir de R$ 8 mil, é possível comprar os smartphones Galaxy Z Flip6 oferecidos pela Samsung aos atletas que disputaram as competições. Há vários anúncios em plataformas de comércio eletrônico do exterior. A Samsung cedeu 10,5 mil aparelhos aos esportistas.


  • As empresas têm grande desafio pela frente: inspirar os jovens da geração Z, aqueles nascidos a partir de 1995. Segundo pesquisa da consultoria United Minds, só 28% dos profissionais brasileiros dessa faixa etária afirmam estar motivados em seus empregos. Entre os trabalhadores de outras idades, o percentual
    chega a 70%.