A arrecadação do governo federal segue quebrando marcas em 2024. Em julho, ela somou R$ 231 bilhões – é o maior valor para o período desde o início da série histórica em 1995, conforme dados divulgados pela Receita Federal. Trata-se do oitavo mês seguido de desempenho recorde. No acumulado de janeiro a julho, o montante arrecadado chegou a R$ 1,53 trilhão de reais, o que significa um avanço real de 9,1%.
Fatores como a nova tributação de fundos exclusivos, os “offshores”; a retomada da tributação de combustíveis; e as mudanças na tributação de incentivos concedidos por estados contribuíram para o resultado.
Apesar do excelente desempenho, a arrecadação está longe de representar um alívio definitivo para o rombo nas contas públicas. Segundo economistas, os recordes não serão suficientes para o governo cumprir as metas fiscais em 2024 e 2025. E por uma razão principal: os gastos crescem em ritmo ainda maior.
Modelo proposto na reforma tributária preocupa fintechs
Fintechs e operadoras de cartão de crédito estão preocupadas com o modelo de “split payment” proposto na reforma tributária, que envolve o recolhimento automático de impostos. A previsão é de que o sistema entre em operação em 2026, mas as empresas temem que o prazo para a adoção seja impraticável. Eduardo Lopes, presidente da Zetta, associação que representa fintechs como Nubank, Mercado Pago, PicPay e Neon, foi ao Congresso para pedir mudanças no Projeto de Lei Complementar 68/2024.
Setor aéreo cresce após superar turbulências
O ano de 2024 tem sido marcado pelo bom desempenho do setor aéreo. Em julho, a demanda por esse tipo de transporte de passageiros (medida em RPK, ou receita por passageiro por quilômetro) subiu 5,6% versus igual período de 2023. Por sua vez, a oferta (medida em assento oferecido por quilômetro, ou ASK) avançou 6% na mesma base comparativa, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Trata-se do terceiro mês consecutivo em que o mercado tem estabilidade ou cresce em relação ao período pré-pandemia.
Binance investe para melhorar governança
A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, promete melhorar seus controles internos e, assim, atender às exigências das autoridades regulatórias, especialmente nos Estados Unidos. Para isso, a ideia é investir US$ 200 milhões e contratar 1 mil funcionários, sendo grande parte deles para a área de compliance. A Securities and Exchange Commission (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, está processando a empresa, acusada de manipular fundos de clientes.
2 milhões
de tentativas de fraudes on-line foram realizadas no Brasil no primeiro semestre de 2024, segundo a Unico, empresa especializada em identidade digital
Rapidinhas
- A Rio Bravo Investimentos, uma das maiores gestoras de fundos imobiliários do mercado brasileiro, entrou nos últimos dias com ação de despejo contra a empresa de escritórios compartilhados WeWork. De acordo com a Rio Bravo, já são três meses de inadimplência nos aluguéis de alguns imóveis localizados em São Paulo.
- O banco americano J.P. Morgan aumentou sua projeção para o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, para o final do ano. A estimativa mais recente aponta para 143 mil pontos, ante 135 mil no prognóstico anterior. De acordo com a instituição, a boa safra de balanços das empresas ajuda a explicar o movimento ascendente.
- A região Centro-Oeste do Brasil registrou 11 fusões e aquisições no segundo trimestre de 2024, o que significa uma alta de 10% na comparação com o segundo trimestre de 2023, quando foram registradas 10. Os dados constam na tradicional pesquisa da consultoria KPMG sobre o assunto, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira.
- A América Latina é um exemplo em termos de produção de energia renovável. De acordo com levantamento realizado pela agência S&P Global Ratings, 61% do mercado de eletricidade na região é formado por fontes sustentáveis, como hidrelétricas (37%), eólicas (14%) e solar (10%). No mundo, o índice é bem menor: 37%.
“Já devem ter duas ou três reuniões que estamos falando que a atividade do mercado de trabalho segue com maior dinamismo do que era esperado. Não é só forte, mas mais forte do que era esperado”
Diogo Guillen - Diretor de Política Econômica do Banco Central