O Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira (foto), fechou o pregão de terça-feira em seu maior nível desde 8 de janeiro, o que se deve sobretudo à expectativa de queda de juros nos Estados Unidos. Foi também a sexta alta consecutiva do indicador, que, aos 132 mil pontos, se aproxima de sua máxima histórica.
Ainda assim, o desempenho poderia ter sido melhor se não fosse a queda do preço das commodities, como o petróleo e o minério de ferro. Entre economistas e analistas do mercado financeiro, começam a surgir apostas de que o Ibovespa poderá alcançar a marca dos 140 mil pontos até o final do ano, o que seria uma tremenda reviravolta diante do pessimismo dos gestores de recursos nos últimos meses.
Ainda assim, é preciso ter cautela. O desequilíbrio fiscal continua a ser um risco para as contas públicas, a inflação pode voltar a qualquer momento e as turbulências na política não foram dissipadas.
298 milhões de toneladas
deverá ser a safra brasileira de grãos em 2024, segundo o IBGE. Se o número for confirmado, representará uma redução de 5,5% em comparação com a safra de 2023
Agro gaúcho resiste à tragédia e reafirma força do setor
O agronegócio brasileiro sempre encontra uma forma de prosperar. Para dimensionar a força do setor, basta dar uma espiada na reação dos produtores gaúchos diante da tragédia das enchentes, ocorrida em maio. Em meio à crise, muitos deles quebraram recordes de produtividade, evitaram perdas que pareciam incontornáveis e asseguraram a continuidade do abastecimento no dramático pós-chuva. Lavouras de arroz, soja e milho não só foram preservadas como apresentaram resultados surpreendentes.
Portos deverão ter volume recorde de investimentos
O Porto do Açu (foto), no Rio de Janeiro, quer triplicar a exportação de soja e milho – o objetivo é que a quantidade de grãos que passam por ali suba de 1 milhão de toneladas anuais para 3,5 milhões toneladas. Para isso, o Açu, atualmente administrado pela Prumo Logística, planeja investir R$ 450 milhões em obras de infraestrutura. Os portos brasileiros deverão receber volume recorde de investimentos. Entre 2024 e 2026, novos terminais e concessões deverão movimentar R$ 14,5 bilhões.
Vendas de carros elétricos disparam em julho
As vendas globais de veículos elétricos e híbridos plug-in aceleraram com força inesperada em julho. De acordo com dados apurados pela consultoria Rho Motion, elas subiram 22% em comparação com igual mês do ano passado, para um total de 1,3 milhão de unidades. O bom desempenho foi puxado principalmente pelos mercados da China, Estados Unidos e Canadá, enquanto na Europa os emplacamentos caíram como resultado direto das restrições impostas pelas autoridades aos elétricos chineses.
Rapidinhas
- Atingido pelas enchentes no Rio Grande do Sul, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, deverá reabrir em 21 de outubro, conforme previsão do cronograma de obras. Pelo menos é isso o que garante a Fraport Brasil, responsável pela administração do terminal. O aeroporto está fechado desde 20 de maio.
- Um dos maiores concessionários de ativos de infraestrutura do mundo, o grupo francês Vinci está de olho em oportunidades no mercado brasileiro. Em 2022, o conglomerado assumiu o controle da Entrevias, responsável pela operação de aproximadamente 600 quilômetros de rodovias que cruzam o estado de São Paulo.
- A Petz, uma das principais redes de artigos para animais de estimação, aposta agora no modelo de atacarejo, que une vendas no atacado e no varejo. A empresa inaugura no próximo sábado, em São Paulo, uma unidade chamada Atacado Pet, que oferecerá preços mais em conta para os consumidores em um espaço maior, com mil metros quadrados.
- A XP Inc. teve resultados recordes no segundo trimestre de 2024. Os ativos sob custódia chegaram a R$ 1,1 trilhão, um crescimento de 14% versus o mesmo intervalo do ano passado. Por sua vez, a captação líquida da empresa foi de R$ 32 bilhões, o que significou um avanço expressivo de 119% no trimestre e de 44% em doze meses.