Nos últimos anos, o crescimento meteórico da China fez supor que o país viveria um período interminável de farturas. A festa, de fato, durante muito tempo, mas agora o cenário é diferente. Em 2024, o PIB chinês deverá avançar 4,8% – ainda um bom resultado, mas distante dos astronômicos 14,2% registrados em 2007 –, mas no ano que vem, segundo apontam os economistas, o número será menor.
A fotografia da nação asiática preocupa. Entre os jovens, a taxa de desemprego atingiu o recorde de 21%, o que tem provocado dolorosos impactos na produtividade do país. Os investimentos também desaceleraram e é improvável que voltem tão cedo aos patamares do início do século. Os desafios econômicos da China ecoam no Brasil, com prejuízos especialmente ao mercado de commodities. Ontem, a Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou que o consumo global de petróleo tem caído em razão da baixa demanda chinesa. Pelo visto, o dragão perdeu um pouco de seu poder de fogo.
Mercado prevê boom de remédios para emagrecer
O mercado de perda de peso tornou-se nos últimos anos o mais rentável da indústria de medicamentos. Não à toa, as empresas têm investido bilhões de dólares no desenvolvimento de produtos para combater a obesidade. De acordo com um levantamento realizado pela agência Morningstar, pelo menos 16 novos remédios serão lançados até 2029. Atualmente, a líder do segmento é a dinamarquesa Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, remédio injetável que demonstrou ser forte aliado na luta contra a balança.
WEG compra empresa turca por US$ 88 milhões
A catarinense WEG, uma das maiores fabricantes de motores elétricos do mundo, comprou a empresa turca Volt Electric Motor por US$ 88 milhões. É um negócio promissor. A Volt produz 1 milhão de motores por ano e tem forte presença na Europa, Oriente Médio e Ásia Central. Com a aquisição, a WEG ganha fôlego para explorar esses mercados. Nos últimos anos, a companhia brasileira tornou-se uma das queridinhas da B3, a bolsa de valores de São Paulo, entregando ótimo retorno aos seus acionistas.
Enel revê plano de investimento após apagão
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Depois do apagão que deixou 2,1 milhões de consumidores sem energia por vários dias, a concessionária Enel Brasil decidiu atualizar o seu plano de investimentos para o país. A empresa diz que destinará R$ 20 bilhões até 2026 principalmente para a modernização e expansão da rede no Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará. O programa também resultará na contratação de até 5 mil colaboradores. Atualmente, a companhia presta serviços para 15 milhões de clientes em 274 cidades brasileiras.
48%
dos trabalhadores do mundo apresentam sintomas de burnout, como é chamado o esgotamento profissional. O número vem de um estudo feito pela consultoria Boston Consulting Group (BCG)
Rapidinhas
- As queimadas nas lavouras do Centro-Sul provocaram estragos na produção agrícola. De acordo com a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), pelo menos 231,8 mil hectares de cana foram destruídos pelo fogo. Desse total, 132 mil hectares abrigavam plantações que ainda seriam colhidas, com enormes prejuízos aos agricultores.
- A CVC, maior agência de viagens do Brasil, fechou um acordo com credores para a reestruturação de sua dívida. Entre os termos previstos no processo está o alongamento de prazos de vencimento e a redução de juros. De acordo com a CVC, a iniciativa levará à redução imediata de R$ 160 milhões de sua dívida bruta.
- A OpenAI, criadora do programa de inteligência artificial ChatGPT, deverá levantar US$ 5 bilhões em uma nova rodada de investimentos. Com isso, seu valor de mercado alcançará a extraordinária marca de US$ 150 bilhões (cerca de R$ 850,5 bilhões). Segundo a OpenAI, os recursos serão usados para tornar o ChatGPT ainda mais inteligente.
- A primeira partida no Brasil da NFL, a liga de futebol americano, trouxe bons frutos econômicos. Um cálculo feito pela Embratur estima que o evento movimentou R$ 300 milhões na economia de São Paulo, que sediou o jogo. Além de passagens aéreas, foram contabilizados gastos com hotéis, restaurantes e atividades de lazer.
“A recuperação vai enfrentar ventos contrários”
Christine Lagarde
Presidente do Banco Central Europeu, sobre a retomada econômica do Velho Continente