Enquanto o governo Lula sonha com o grau de investimento, a nota máxima concedida pelas agências de classificação de risco, os indicadores a respeito das contas públicas devolvem o país à realidade. Em agosto, o chamado Governo Central registrou déficit primário de R$ 22,4 bilhões, segundo números divulgados ontem pelo Tesouro Nacional. As contas incluem os resultados do Tesouro, do Banco Central e do INSS. O resultado veio pior do que o esperado pelo mercado, que projetava déficit entre R$ 19 bilhões e R$ 20 bilhões. Há motivo de sobra para preocupação. No ano, o rombo nos cofres do Governo Central somou R$ 99,9 bilhões. No acumulado de 12 meses, chegou a R$ 227,5 bilhões. Nesse cenário, fica difícil imaginar que o país mereça receber o selo de bom pagador das agências. “O grande fator de desequilíbrio fiscal continua sendo a Previdência Social”, disse o secretário do Tesouro, Rogério Ceron (foto).
Para estrangeiros, economia brasileira vai bem
O gestor de um grande banco que fez uma apresentação para estrangeiros nesta semana diz que existe um descompasso entre o que os investidores do exterior pensam sobre o Brasil e a avaliação dos profissionais que atuam por aqui. “Como não estão contaminados pelas disputas no campo político, os gringos se fixam nos números, e o retrato da economia brasileira é positivo para eles,”, diz ele. “Enquanto nós enxergamos uma série de problemas, eles consideram que a economia brasileira está caminhando bem.”
Agro não enfrenta crise, apesar de pedidos de Recuperação Judicial
Nas últimas semanas, analistas apressados disseram que o agronegócio brasileiro enfrenta uma crise generalizada, expressa principalmente no número de processos de recuperação judicial no setor. Um olhar atento à realidade, contudo, mostra que o cenário não é tão negativo quanto alguns observadores afirmam ser – longe disso. Estima-se que 250 companhias agropecuárias tenham recorrido à RJ desde o ano passado. O número é apenas uma fração dos 450 mil produtores relevantes do mercado brasileiro.
Com novos produtos, consórcios quebram recorde
O mercado de consórcios está em alta Brasil. Com a expansão da modalidade para novas áreas, como serviços e bens de consumo, o segmento passou a atrair mais clientes. De janeiro a agosto de 2024, 2,9 milhões de cotas foram vendidas no sistema brasileiro de consórcios, um crescimento de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado, além de ser um recorde para o período. O volume de crédito comercializado chegou a R$ 251 bilhões, ou 22% acima do volume movimentado em igual intervalo de 2023.
Rapidinhas
- O conglomerado de luxo francês LVMH, dono de marcas comoLouis Vuitton, Moet Hennessy e TAG Heuer,assinou um contrato para patrocinar a Fórmula 1 pelos próximos 10 anos. O acordo entrará em vigor em 2025 e não teve o seu valor revelado. Para se ter ideia, a LVMH desembolsou 150 milhões de euros para patrocinar a Olimpíada de Paris.
- Nas contas da União Nacional da Cana-de-Açúcar (Unica), as vendas externas de etanol deverão recuar, em 2024, 1 bilhão de litros em relação ao ano passado, em razão de fatores que vão desde os impactos climáticos e incêndios que atingiram lavouras em diversos pontos do país. Para especialistas, contudo, as perspectivas de médio prazo são otimistas.
- As bicicletas elétricas estão se tornando cada vez mais comuns nas ruas brasileiras. De acordo com um levantamento realizado pelo marketplace de itens usados OLX, as vendas de bikes movidas a eletricidade cresceram 12% de janeiro a julho de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023.
- Maior fabricante de artigos esportivos do mundo, a americana Nike enfrenta dificuldades. No trimestre encerrado em agosto, as receitas da empresa caíram 10% em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo especialistas, a empresa tem enfrentado uma concorrência que tem demonstrado maior capacidade para inovar.
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programa federal Voa Brasil, que oferece descontos nos bilhetes para alguns grupos específicos. O número é modesto diante das expectativas do governo
“Fui o culpado por querer estimular demais o meu time. Combinei bônus desproporcionais, e isso nos atrapalhou bastante. Quando tem muito bônus em jogo, o risco é acontecer como a gente viu no caso da Americanas”
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