Postes de energia tombados, fios de alta tensão rompidos, árvores caídas sobre carros, telefones mudos, ausência de sinal de internet. A maior e mais rica cidade do país é também a que sofre mais apagões energéticos, uma tragédia que se repete a cada ano debaixo dos olhos das autoridades, que nada fazem – sejam elas federais, estaduais ou municipais.
Um dado espantoso mostra a falência do serviço de fornecimento de energia da concessionária Enel: após a chuva da última sexta-feira, São Paulo teve mais imóveis sem luz que a Flórida, nos Estados Unidos, atingida pelo furacão Milton. Como se não bastasse, a população foi informada pelo governo estadual que agora há risco iminente de falta d’água.
Ou seja, os paulistanos e paulistas, já que o apagão se espalhou para a Grande São Paulo, ficarão no escuro, sem água e sem comunicação, pois as operadoras também não conseguem restabelecer as ligações telefônicas e o sinal de internet. Quem mora em São Paulo voltou ao século 19.
Ocorrências de tragédias ambientais disparam em 50 anos
Os extremos climáticos ganham força em ritmo alarmante – e isso deveria ser suficiente para mobilizar governos e empresas. Um estudo feito por cientistas americanos e publicado na revista científica Nature avaliou as ocorrências de tragédias ambientais na América do Sul nos últimos 50 anos. De 1971 a 2000, houve uma média de vinte eventos extremos por ano no continente. De 2000 a 2022, eles saltaram para 70 a cada doze meses. E ainda há quem duvide dos perigos das mudanças climáticas.
Sob Milei, número de miseráveis aumenta na Argentina
Quando assumiu a presidência da Argentina, no final do ano passado, o “anarcocapitalista” Javier Milei promoveu um choque de econômico que, segundo ele, faria o país voltar aos trilhos. Quase um ano depois, o cenário continua complexo – e, em alguns âmbitos, pior. Em setembro, a taxa de pobreza entre os argentinos chegou a 53%, o maior percentual da história e um salto de 11 pontos versus o período pré-Milei. Desde que ele assumiu o poder, 3,4 milhões de argentinos se tornaram miseráveis.
“Se os sinais da política fiscal continuarem a enfraquecer, a política monetária terá de compensar a crescente generosidade fiscal e serão necessários juros mais elevados para ancorar a macroeconomia”
Alberto Ramos, economista-chefe para América Latina do banco americano Goldman Sachs
Índice de reciclagem de plástico cai no Brasil
O Brasil deu um passo atrás na proteção do meio ambiente. Um levantamento feito pela consultoria MaxiQuim constatou que, no ano passado, o índice de reciclagem plástico pós-consumo no país caiu pela primeira vez em 5 anos, o que se deve sobretudo ao aumento de custos para reaproveitar o material. O plástico é um dos grandes vilões da degradação ambiental do planeta, poluindo todos os ecossistemas, enquanto os microplásticos estão presentes até nos alimentos consumidos pelos humanos.
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- A GUD Energia, joint-venture criada pelas empresas Vivo e Auren para capturar as oportunidades geradas pela abertura do mercado livre de energia, quer conquistar clientes no Centro-Oeste com soluções renováveis. A nova companhia diz atuar de forma consultiva, chegando a oferecer até 30% de desconto na conta de energia.
- De acordo com o diretor-geral da GUD Energia, Fábio Balladi, a estratégia é focar no segmento de clientes que estão no grupo A de tensão, como comércios, serviços e indústrias. Além disso, a companhia se prepara para atuar nas categorias de baixa tensão e residencial, em um cenário de abertura total do mercado de eletricidade brasileiro.
- As concessões de seis hidrovias a partir de 2025 deverão captar aproximadamente R$ 4 bilhões em investimentos diretos. O cálculo foi feito pelo Ministério de Portos e Aeroportos em parceria com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Entre as rotas que serão concedidas estão as do rio Madeira e rio Paraguai.
- O fundo americano de private equity Warburg Pincus comprou uma fatia do escritório de contabilidade Contabilizei por US$ 125 milhões, ou R$ 700 milhões. Com isso, passa a ser o maior acionista individual da empresa. O Contabilizei possui uma carteira formada por 50 mil clientes e receitas de R$ 300 milhões.