Ainda é exagero falar em descontrole – nem perto disso, registre-se –, mas fato é que a inflação começa a preocupar. Analistas consultados pelo Banco Central para a elaboração do novo Boletim Focus aumentaram pela sexta vez consecutiva a sua projeção para a alta do IPCA em 2024, que passou de 4,59% para 4,62%. Além disso, os especialistas também subiram a estimativa de inflação para 2025 e 2026 e para a cotação do dólar. Tudo isso demostra que o Comitê de Política Monetária acertou ao elevar a Selic, a taxa básica de juros da economia, em 0,5 ponto percentual em sua última reunião e indica que novas elevações serão necessárias já no próximo encontro do Copom, em dezembro. Há dois fatores principais que pressionam os preços no Brasil. No ambiente doméstico, o risco fiscal, exacerbado pela dificuldade do governo em cortar gastos, é um complicador. No externo, a vitória de Donald Trump deverá valorizar o dólar, o que traz repercussões para a inflação brasileira.
Bacio di Latte avança no Brasil e nos Estados Unidos
A rede de sorvetes italianos Bacio di Latte passa por forte expansão. A empresa fundada em São Paulo em 2011 encerrará 2024 com 35 unidades abertas – com isso, serão 200 estabelecimentos em operação no Brasil e nove nos Estados Unidos. Para 2025, a meta é abrir até 40 lojas no mercado brasileiro. Além das lojas próprias, a empresa cresce graças aos negócios do varejo. São 8 mil pontos de venda espalhados por todas as regiões brasileiras, principalmente em supermercados.
CCR e Neoenergia assinam acordo para produção de energia eólica
O Grupo CCR e a Neoenergia fecharam um acordo para a produção de energia eólica no Nordeste. A parceria prevê o acesso, pela CCR, da energia produzida pelas usinas Oitis 2, Oitis 4 e Oitis 6, localizadas entre os estados do Piauí e Bahia. Com isso, 60% da demanda da companhia será suprida por essas unidades. A CCR quer ter 100% de seus ativos abastecidos por fontes renováveis até 2025. Segundo a empresa, o acordo elimina riscos relacionados à oscilação de preços no mercado livre de energia.
BH: preços dos itens da cesta de Natal têm variação de até 129%
Gastos com seguro-desemprego disparam
A economia brasileira é marcada por diversos desequilíbrios. Exemplo disso está no aumento expressivo dos gastos com o seguro-desemprego mesmo com o número recorde de pessoas contratadas. Segundo o Tesouro Nacional, o seguro-desemprego consumiu R$ 52 bilhões nos 12 meses encerrados em agosto, o que significou um aumento de 11% versus igual período de 2023. Na mesma base comparativa, o desemprego caiu de 7,8% para 6,6%. Para especialistas, as regras do sistema precisam ser modernizadas.
Rapidinhas
A queda das vendas na China tem provocado estragos na indústria do luxo. Depois de Louis Vuitton e Hermès apresentarem resultados decepcionantes em seus balanços, agora foi a vez do Richemont, grupo suíço controlador da joalheria Cartier, exibir números alarmantes. No trimestre encerrado em setembro, os lucros do conglomerado caíram 12%.
As emissões globais de títulos verdes, aqueles ligados a pautas sustentáveis e sociais, deverão movimentar US$ 1 trilhão em 2024, conforme projeção realizada pela agência americana S&P Global Ratings. Se for confirmado, o número representará um avanço modesto em relação aos US$ 980 bilhões movimentados em 2023.
Ofertas agressivas de bets a influenciadores financeiros acendem alerta
Um dos desafios para o avanço do mercado de carros elétricos no Brasil diz respeito à infraestrutura de carregamento. Atenta a esse gargalo, a Circuito, empresa que desenvolve soluções na área de energia, vai investir R$ 35 milhões na instalação de 100 carregadores rápidos em diversas cidades do país.
A americana Cargill, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, e a brasileira Embrapa uniram-se para calcular a emissão de carbono na pecuária de corte, atividade bastante poluente. Os testes serão feitos com câmaras respiratórias climatizadas no laboratório da Embrapa em Juiz de Fora (MG), e serão executados com o apoio da Cargill.
“O Banco Central é um órgão de estado, não de governo. Nesse sentido, ele deveria estar a uma certa distância do governo”
Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor de política monetária do BC e presidente do Conselho de Administração da Jive Investimentos
3,4%
é quanto o PIB brasileiro crescerá em 2024, segundo projeção feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)