A economia brasileira entrou numa maré de notícias negativas. Ontem, diante dos recorrentes atrasos na divulgação do pacote fiscal (as medidas não haviam sido anunciadas até o fechamento desta Coluna), o dólar fechou no maior nível da história, o que poderá ser um complicador para a já preocupante inflação do país. A decepção veio até nos números do mercado de trabalho, um segmento que tem abastecido o governo com informações positivas. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego revelaram que o país abriu 132,7 mil empregos com carteira assinada em outubro, número pior do que as previsões feitas pelos especialistas. Há outros sinais alarmantes. Em novembro, o índice de confiança da indústria medido pela Fundação Getulio Vargas caiu pelo terceiro mês consecutivo. Para o mercado financeiro, a sucessão de más notícias reforça a necessidade de ajustes urgentes na economia.
Varejo digital cresce com força na Black Friday
Apesar dos inúmeros desafios na área econômica, os brasileiros foram às compras na Black Friday. Na primeira quinzena de novembro, período que dá a largada nas promoções, o faturamento do varejo digital aumentou 11% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme dados apurados pela empresa de pagamentos eletrônicos Getnet. Outro estudo, desta vez feito pela Casas Bahia, mostrou que, como já é tradição, os smartphones foram os produtos mais procurados no período de 1 a 25 de novembro.
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Para JP Morgan, Brasil vive “dia da marmota”
A insatisfação do mercado financeiro com a agenda econômica do governo Lula foi expressa de maneira irônica pelo banco americano JPMorgan em relatório distribuído a clientes. “O Brasil vive um eterno dia da marmota”, escreveu a instituição, que foi além: “Seria ambicioso esperar mudanças estruturais que permitam a estabilização da dívida pública no Brasil em um futuro previsível.” Como se não bastasse, o banco também rebaixou a recomendação de compra para ações brasileiras.
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Na infraestrutura, chegou a vez dos investimentos privados
Os investimentos privados em infraestrutura deverão crescer de maneira expressiva nos próximos anos. De acordo com cálculos da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), eles totalizarão R$ 372,3 bilhões entre 2025 e 2029. Se a cifra for confirmada, representará um aumento de 63% em relação à última estimativa, realizada no ano passado. A Abdib diz que leilões de rodovias e concessões nas áreas de saneamento serão responsáveis por atrair a maior parte dos recursos.
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Rapidinhas
A alemã Volkswagen decidiu fechar uma de suas fábricas na China, localizada na região de Xinjiang. Recentemente, a empresa foi superada pela chinesa BYD como a marca mais vendida no país e, segundo projeções, terá dificuldades para recuperar o posto. A Volks está em meio a um processo de corte de custos em algumas de suas operações no mundo.
A fabricante de motores Weg comprou, por valores não revelados, a Reivax, empresa brasileira especializada em sistemas de controle para a geração de energia hidrelétrica, fotovoltaica e eólica. Com faturamento anual na casa dos R$ 130 milhões, a Reivax atua em diversos mercados, inclusive na Europa e na Ásia.
O ano de 2024 representará um marco para a publicidade no mundo. De acordo com a empresa especializada em pesquisa de mercado Ascential, os investimentos globais no setor alcançarão pela primeira vez na história a marca de US$ 1 trilhão, o que significará um acréscimo de 11% em relação a 2023 – será o maior crescimento em 6 anos.
Atraso das medidas de contenção de gastos públicos já impacta a vida real
A montadora americana General Motors ingressará na Fórmula 1 a partir de 2026. Para isso, usará uma de suas marcas mais famosas – a Cadillac. A empresa terá equipe própria e será comandada pela lenda do automobilismo Mario Andretti, campeão mundial da categoria em 1978 e detentor de quatro títulos da IndyCar.
38%
das empresas pretendem dar aumento real aos seus funcionários em 2025, segundo pesquisa feita pela consultoria de recrutamento Michael Page
“Ao não pisar em nenhuma casca de banana, eu agora continuo em circulação com 94 anos e com uma grande quantidade de economias que pode ser passada para frente para outros que receberam poucas oportunidades quando nasceram”
Trecho de carta escrita pelo megainvestidor americano Warren Buffet, na qual explica as razões para deixar boa parte de seu patrimônio para a filantropia