Brasil e Argentina deram um bom exemplo de como convicções ideológicas não podem afetar as relações comerciais entre os países. Em encontro paralelo à reunião de cúpula dos chefes de Estado do G20, realizada no Rio de Janeiro, o ministro brasileiro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, assinaram um acordo que beneficia ambas as nações. A parceria prevê que o Brasil importe, até 2030, 30 milhões de metros cúbicos de gás natural produzido na Argentina por dia. Com o negócio, o custo do combustível que chegará ao território brasileiro será menor. De seu lado, a Argentina abre as portas para um relevante cliente. Ou seja, trata-se de uma clássica operação conhecida no mundo corporativo como “ganha-ganha.” A civilidade deveria pautar os encontros bilaterais entre as autoridades, mas no mundo atual ela se tornou um atributo cada vez mais escasso.

 

 

Brasil aumenta investimentos em infraestrutura, mas valor é insuficiente

 

Os investimentos em infraestrutura estão em alta no Brasil. Um estudo feito pela consultoria Inter.B mostrou que os aportes deverão crescer 11% em 2024, para um total de R$ 216 bilhões. Ainda assim, é pouco diante das necessidades do país. Os desembolsos deverão chegar a 1,87% do PIB nominal brasileiro em 2024, o que significará um ligeiro avanço em relação ao 1,79% registrado em 2023. Para se ter ideia, as nações ricas investem em infraestrutura mais do que 5% da riqueza nacional.

 




Sustentabilidade e digitalização são apostas do agro brasileiro

 

Um estudo feito pela consultoria McKinsey com 4,4 mil agricultores de diversos países, inclusive do Brasil, mostrou que a preocupação ambiental é uma realidade do setor. No caso específico do agro brasileiro, os resultados surpreendem. Segundo o levantamento, 64% dos produtores do país adotam bioestimulantes e biofertilizantes em suas fazendas. Também chama a atenção a abertura para novas tecnologias: 53% dos produtores brasileiros usam ou pretendem usar recursos da agricultura digital.

 

Aloísio Mercadante

Pablo PORCIUNCULA/AFP

 

Fórmula 1 dos mares chega ao Rio de Janeiro

A empresa de eventos IMM, fundada por Eike Batista e vendida mais tarde para o Mubadala Capital, fundo de investimentos de Abu Dhabi, vai trazer a Fórmula 1 dos mares para o Rio de Janeiro. Uma das etapas da SailGP, competição que reúne os barcos mais velozes do mundo, será realizada Baía da Guanabara no ano que vem. A SailGP foi criada em 2019 pelo cofundador da Oracle, Larry Ellison (foto), e fez sucesso rapidamente. No Brasil, a IMM organiza eventos consagrados como a São Paulo Fashion Week.

 

 

cofundador da Oracle, Larry Ellison

GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

 

“Tenho alinhamento total com o esforço do governo em conciliar o controle fiscal com investimentos sociais”

Aloísio Mercadante
Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

 
3,5%

é o impacto negativo da violência no PIB da América Latina e do Caribe, conforme relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Nenhuma outra região do mundo é tão afetada pelo crime

 

RAPIDINHAS

Nos últimos cinco anos, a fabricante brasileira de produtos de limpeza Limppano, dona de marcas como Odd e Inspira, reduziu em 2 mil toneladas as suas emissões de gases do efeito estufa. Para isso, a empresa ampliou o projeto de reciclagem de plástico e passou a adotar energia solar na fábrica do Rio de Janeiro.

 

 

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A americana Nvidia, que lidera a produção mundial de chips para inteligência artificial, quer explorar outros ramos de negócios. A empresa pretende ser a principal fornecedora de sistemas tecnológicos dos robôs humanoides. Em outras palavras: sua intenção é ser o cérebro das máquinas, deixando o “corpo” para outros fabricantes.

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O Brasil ocupa o vexatório 57º lugar entre os países mais competitivos do mundo do ponto de vista digital, segundo ranking feito pelo International Institute for Management Development em parceria com a Fundação Dom Cabral. Para chegar à conclusão, os pesquisadores analisaram critérios como conhecimento e aplicação tecnológica.

 

 

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A IDC Ventures, divisão de venture capital da dinamarquesa IDC Network, tem um cheque de US$ 30 milhões para investir em startups no Brasil. Seu foco são projetos ligados ao mercado de nuvem, que cresce acima de dois dígitos por ano no país. Além disso, a gestora está financiando a chegada ao mercado brasileiro de cinco startups.

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