Governo aposta no resultado do PIB para reverter maré de pessimismo
De acordo com recentes previsões dos analistas, o resultado deverá apontar para um crescimento acima de 3% da economia ao final do ano
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Depois da sequência de indicadores negativos na economia e do atabalhoado anúncio do pacote fiscal na semana passada, o governo brasileiro aposta as suas fichas na divulgação do PIB para trazer algum alívio à onda pessimista que tomou conta do país.
De acordo com recentes previsões dos analistas, o resultado que será divulgado hoje deverá apontar para um crescimento acima de 3% da economia ao final do ano. Em boa medida, o desempenho provavelmente será impulsionado pela indústria de transformação, que vem acumulando números surpreendentes ao longo de 2024 após tombar 1,3% em 2023. O consumo das famílias, estimulado pelo emprego e renda crescentes, é outro fator que poderá trazer fôlego adicional ao PIB.
Resta saber se são aspectos apenas momentâneos ou se eles terão alguma influência no resultado do ano que vem. Para os economistas, a resposta é incerta. As projeções apontam para um avanço em torno de 2% do PIB em 2025.
Mais uma vez, mercado financeiro prevê alta da inflação
Pela primeira vez desde 2022, a inflação em 2024 deverá extrapolar o teto da meta definido pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%. Segundo o Boletim Focus, analistas do mercado estimam que o IPCA, índice oficial de inflação, deverá encerrar o ano em 4,71%, um ligeiro avanço em relação à previsão feita na semana passada. Os economistas também apontam para um cenário de pressão inflacionária em 2025. Ou seja, a Selic, a taxa básica de juros da economia, deverá acelerar nos próximos meses.
Presidente global da Stellantis renuncia ao cargo
A indústria automotiva foi surpreendida por um comunicado distribuído no domingo com o pedido de renúncia de Carlos Tavares do cargo de CEO global da montadora ítalo-franco-americana Stellantis, a quarta maior do mundo. Controladora de marcas como Peugeot, Fiat e Jeep, a Stellantis enfrenta dificuldades financeiras, assim como várias montadoras europeias. A difícil concorrência com os fabricantes chineses e o fraco desempenho de vendas dos carros elétricos respondem pelos maus resultados.
Sem SAF, times de futebol ficarão condenados ao fracasso
A conquista da Taça Libertadores da América pelo Botafogo coloca um ponto final nas dúvidas a respeito da eficácia das Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs), instrumentos criados há cerca de 3 anos para regulamentar a entrada de investidores privados no esporte mais popular do país. A vitória botafoguense mostra que, nesta nova era, o dinheiro e a boa administração serão cada vez mais determinantes para o sucesso ou fracasso de um clube. Quem não virar SAF ficará fora da festa.
Rapidinhas
- A Eve, empresa do grupo Embraer, recebeu um financiamento adicional de R$ 200 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para acelerar o desenvolvimento de veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL) em Taubaté (SP). Em 2022, o BNDES já havia liberado R$ 490 milhões à empresa.
- O mercado de trabalho aquecido provoca um efeito imediato em outro indicador: a troca de emprego. De janeiro a setembro, 6,5 milhões de pessoas pediram demissão no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas. Para se ter ideia, o número foi de 5,6 milhões no mesmo período do ano passado.
- Depois do boicote dos fornecedores de carnes, o Carrefour enfrenta agora outra dor de cabeça. No final do mês, a Justiça determinará se o hipermercado deverá pagar uma multa de R$ 12,5 milhões aplicada pelo Ibama após vazamento de óleo diesel em uma loja em Santos (SP). O incidente ocorreu em 2021 e o óleo chegou ao mar.
- A Grendene, dona das marcas Melissa, Rider e Ipanema, comprou 50,1% das ações da Grendene Global Brands Limited (GGB), empresa sediada no Reino Unido e responsável pela distribuição dos produtos da companhia brasileira no exterior. O valor da transação está estimado em US$ 10,5 milhões. Os outros 49,9% da GGB já pertenciam à Grendene.
3,12%
Foi quanto recuou em novembro o Ibovespa, o principal índice da bolsa de valores de São Paulo. Trata-se do pior resultado para o mês desde 2017
“Sempre entregue mais do que o esperado”
Larry Page, cofundador do Google