Metade das dívidas em atraso no Brasil está relacionada a cartão de crédito
Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com o cartão rotativo chegaram em novembro de 2024 a 445,8%
Mais lidas
compartilhe
SIGA NOO cartão de crédito é o principal vilão da inadimplência dos brasileiros. Pelo menos é isso o que mostra um estudo feito pela Recovery, empresa do grupo Itaú Unibanco que faz a administração de créditos inadimplentes.
De acordo com o levantamento, metade das contas em atraso das pessoas físicas envolve o produto. Para chegar a essa conclusão, a Recovery consultou a sua base de dados, que é bastante significativa: nela estão 33 milhões de clientes com dívidas ativas, sendo que o saldo médio devedor é de R$ 4,3 mil.
Os brasileiros deveriam ser mais cuidadosos no uso do cartão de crédito. Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com o cartão rotativo chegaram em novembro de 2024 a 445,8% – é o maior patamar desde maio de 2023, conforme dados do Banco Central. Não custa lembrar: o crédito rotativo é a modalidade mais cara do mercado financeiro e deveria ser evitada a todo o custo pelos consumidores.
- Investidores estrangeiros fogem e Ibovespa desaba em 2024
- Gol assina acordo para parcelar dívidas de R$ 5,5 bilhões
- Índice de Confiança do Consumidor de BH teve alta recorde em dezembro
Pedidos de recuperação judicial deverão aumentar em em 2025
Em 2025, quando a Lei da Recuperação Judicial completa 20 anos, o Brasil deverá registrar um aumento significativo nos pedidos de Recuperação Judicial. A projeção é da EXM Partners, consultoria especializada em turnaround, reestruturação de dívidas e administração judicial.
Angelo Guerra Netto, sócio-fundador da empresa, atribui o cenário ao impacto prolongado do ciclo de alta da Selic, a taxa básica de juros da economia. “A Selic elevada intensifica as barreiras para a obtenção de crédito”, diz.
Com estiagem, Itaipu reduz geração de energia
Os extremos do clima afetaram a produção de energia pela hidrelétrica de Itaipu. Em 2024, ela entregou 46,3 mil gigawatts-hora (GWH) para os consumidores brasileiros – trata-se do menor volume registrado desde 1992. “A produção das usinas hidrelétricas brasileiras no ano de 2024 foi afetada pela intensa estiagem que atingiu grande parte das bacias hidrográficas do país”, disse a empresa, em comunicado. Para 2025, a expectativa é de que a produção energética local volte a subir.
Para HSBC, ações brasileiras são uma “armadilha”
É cada vez mais evidente a desconfiança da indústria financeira com o mercado acionário brasileiro. Em relatório enviado a clientes, o banco britânico HSBC classificou a bolsa do Brasil como uma “armadilha”, sugerindo, portanto, que seus clientes fujam dela. “É improvável que o mercado tenha uma reclassificação até que haja um declínio nas taxas de juros e nos rendimentos dos títulos locais, o que pode não ocorrer antes do segundo semestre de 2025, no mínimo”, disse a instituição.
Rapidinhas
- A companhia aérea Gol deixou de oferecer, desde 1º de janeiro, serviço de bordo em voos com menos de uma hora de duração. Nesses casos, os passageiros poderão solicitar apenas água. A exceção será a ponte Rio-São Paulo. A Gol está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos e tem dívida líquida de R$ 27,6 bilhões.
- O mercado automotivo brasileiro teve em 2024 um ano para ser comemorado. De acordo com dados do Renavam, 2,6 milhões de veículos – incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus – foram emplacados no ano passado, o que representou um crescimento de 14% versus 2023. Trata-se do melhor resultado desde 2018.
- A XP anunciou ontem a compra de uma participação relevante na Center, assessoria de investimentos localizada em Curitiba, no Paraná. Fundada em 2010, a Center possui 8 mil clientes ativos e administra cerca de R$ 5 bilhões. Sua meta audaciosa é chegar a R$ 25 bilhões sob custódia até 2030. O valor da transação não foi revelado.
- A Associação dos Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (AHERJ) revelou que a Unimed Ferj, federação que assumiu a carteira de clientes da Unimed-Rio no ano passado, tem atrasado o pagamento para hospitais, laboratórios, clínicas e médicos. Segundo estimativas feitas pela entidade, os débitos chegam a R$ 400 milhões.
- R$ 94 bilhões serão investidos em projetos ferroviários no Brasil até 2026, segundo cálculos do Ministério dos Transportes: “Nós tivemos um estresse no final do ano passado, no mundo todo. Mesmo o presidente eleito dos Estados Unidos deu declarações moderando determinadas propostas que foram feitas ao longo da campanha. É natural que as coisas se acomodem”, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, quando perguntado sobre a alta do dólar.