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Amauri Segalla
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Varejo fecha 2024 com baixo crescimento após queda no fim de ano

Na comparação com dezembro de 2023, a retração foi de 1,7%. O estudo concluiu que o setor de tecidos, vestuário e calçados foi o mais prejudicado

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O comércio vendeu menos do que o esperado para o período de Natal, o que acabou por comprometer os resultados do varejo brasileiro em dezembro de 2024. De acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS), o movimento do setor caiu 3,5% em relação a novembro. Na comparação com dezembro de 2023, a retração foi de 1,7%. O estudo concluiu que o setor de tecidos, vestuário e calçados foi o mais prejudicado, com retração mensal de 7%. No acumulado de 2024, o varejo avançou modesto 0,6%.

 

 

A perda de força do setor na reta final de ano é um indicativo de que algo na economia não vai bem e aponta para as dificuldades que deverão surgir em 2025. Com os juros nas alturas, o crédito encarece e o consumidor perde o poder de compra. De fato, a expectativa do mercado é de que o crédito encolha neste ano, como efeito direto do aumento da Selic. O mercado financeiro estima que a taxa básica da economia chegará ao final de ano em 15%, ante os atuais 12,25%.

 

 

Em crise, Correios fecharão 38 agências

Em meio ao rombo crescente em suas contas, os Correios anunciaram, por meio de comunicado interno, o fechamento de 38 agências no país. Outras medidas têm sido adotadas para aliviar os cofres da empresa, como um programa de renegociação de dívidas e a readequação de lojas. Os Correios voltaram a operar no vermelho no governo Lula – em 2024, os prejuízos superaram a marca dos R$ 2 bilhões. Não se trata de um caso único. No ano passado, as estatais federais tiveram rombo recorde de R$ 6 bilhões.

 

Para executivo, agenda ambiental está “perdendo força”

O chefe de marketing de uma indústria de bens de consumo diz que tem notado certo cansaço dos consumidores em relação a temas que ele chama de “ativismos.” Segundo o executivo, as agendas ambientais estão perdendo força. “Foram pautas tão dominantes nos últimos anos que acabaram se desgastando”, diz. Não deixa de ser alarmante, contudo, o fato de que os extremos do clima exigem atenção da sociedade – os incêndios nos Estados Unidos e as enchentes no Brasil não deixam mentir.

 

Vendas de veículos usados aceleram em 2024

Em 2024, 15,8 milhões de veículos usados foram vendidos no Brasil, o que representou um avançou de 9,2% em comparação com 2023. De acordo com os números apurados pela Fenabrave, associação que reúne as concessionárias, trata-se do melhor resultado desde 2021. O segmento acompanhou o ótimo desempenho de vendas de veículos novos no ano passado, mas é pouco provável que esse ritmo seja mantido. Há uma razão para isso: a Selic elevada, que torna os financiamentos mais caros.

 

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Rapidinhas

  • Uma pesquisa feita pela UFMG e o instituto americano Woodwell Climate mostrou que nenhuma savana do mundo tem sido tão destruída quanto o Cerrado brasileiro. Nos últimos 20 anos, a sua cobertura vegetal nativa foi reduzida de 127 milhões de hectares para 95 milhões de hectares. Enquanto isso, as áreas agrícolas dobraram na região.
  • A Johnson & Johnson protagonizou o primeiro grande negócio da área farmacêutica em 2025. A empresa americana comprou, por US$ 14,6 bilhões, a conterrânea Intra-Cellular, especializada em tratamentos de distúrbios do sistema nervoso central. Trata-se de uma das maiores transações já feitas no segmento de biotecnologia.
  • Os profissionais brasileiros estão insatisfeitos com os seus empregos. Um estudo realizado pela consultoria de recrutamento Robert Half constatou que 54% pretendem trocar de emprego em 2025 – no início de 2024, o índice era de 50%. A busca por melhores oportunidades, salários mais altos e novos desafios é o que motiva a troca.
  • O Grupo Piracanjuba, um dos maiores do segmento de laticínios do Brasil, vai investir R$ 500 milhões na construção de um complexo industrial em São Jorge d’Oeste, no Paraná. Será o primeiro do país com produção planejada e integrada de queijo, manteiga, whey protein (concentrados e isolados proteicos) e lactose em pó.

 

“Se benefícios fiscais como a desoneração da folha e o Perse se encerrarem, as chances de déficit zero para 2025 aumentam bem”

Joaquim Levy - Ex-ministro da Fazenda e diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados do Banco Safra

 

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