Mark Zuckerberg abraçou a agenda conservadora. Em entrevista para um podcast nos Estados Unidos, o dono da Meta afirmou que as empresas precisam de mais “energia masculina” e lamentou que a sociedade nos últimos anos esteja “tentando fugir dela.” Segundo o bilionário, uma característica masculina que considera importante para o mundo corporativo é a agressividade – como se as mulheres não pudessem também ser enérgicas e agressivas.
Não deixa de ser surpreendente que, em pleno 2025, um dos executivos mais importantes do mundo reforce estereótipos de gênero e se torne uma voz contra a diversidade. O mundo está regredindo. Do alto de seus 94 anos, Warren Buffett, a lenda dos investimentos, não cometeria um disparate desse tipo. Muito menos Bill Gates, 69 anos, que fundou a Microsoft e banca projetos que valorizam a inclusão. O retrógrado Zuckerberg tem 40 anos e Elon Musk, que parece inspirá-lo, 53.
Meta abandona diversidade e provoca reação nas redes
A Meta vem passando por mudanças radicais. Há alguns dias, a empresa anunciou ajustes em seus programas de diversidade, equidade e inclusão. Na verdade, a maioria das iniciativas na área será cancelada.
Segundo reportagem publicada pelo site Business Insider, a guinada – que inclui o fim da moderação de conteúdos publicados em redes sociais como Facebook e Instagram – já vem provocando reações de funcionários, que passaram a criticar a Meta nas próprias plataformas da companhia.
Mercado de trabalho brasileiro recebe venezuelanos e cubanos
Um estudo realizado pela LCA Consultores mostrou que, de janeiro a agosto de 2024, o Brasil acolheu 321 mil imigrantes com contratos formais de trabalho, o que representa um crescimento expressivo de 53% em comparação com o mesmo período de 2023. De acordo com o levantamento, as vagas foram preenchidas principalmente por profissionais oriundos de Cuba e da Venezuela, países que enfrentam grave crise econômica. Atualmente, cerca 1,5 milhão de estrangeiros vivem no Brasil.
Trump reforça planos para aumentar produção de petróleo e gás
Sob Donald Trump, o mundo deverá ficar menos verde. Mais uma vez, o presidente eleito dos Estados Unidos ressaltou a sua intenção de priorizar investimentos em energia fóssil, especialmente petróleo e gás. Na sexta-feira da semana passada, Trump disse que pretende interromper novos projetos de energia eólica no país, modalidade chamada por ele de “cara e pouco confiável”. Diversos estudos, contudo, mostram que o custo dos sistemas vem caindo e que se trata de uma fonte energética segura.
RAPIDINHAS
- A japonesa Toyota, maior montadora do mundo, abandonou a produção de carros movidos a hidrogênio. A desistência se deve às baixas vendas dos modelos desse tipo associadas aos custos elevados de produção. Agora, o foco da empresa está na fabricação de automóveis elétricos, que conquistam cada vez mais espaço na Ásia.
- Enquanto a Toyota corta investimentos, a sul-coreana Hyundai vai na direção oposta. A empresa anunciou que desembolsará US$ 8,8 bilhões para a pesquisa de tecnologias de mobilidade de próxima geração, o que inclui carros eletrificados e movidos a hidrogênio. A Hyundai é a terceira maior montadora do mundo, atrás da Toyota e da alemã Volkswagen.
- As importações brasileiras de carros elétricos aceleraram com força em 2024. Números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços mostram que elas somaram US$ 1,6 bilhão no ano passado, um acréscimo de 108% versus 2023.Mais uma vez, a China liderou esse movimento, respondendo por 84% do total.
- A companhia aérea Azul reavaliou a sua malha aérea. Com isso, oito cidades do Nordeste deixarão de ser atendidas pela empresa a partir de março – são municípios como Mossoró (RN) e Barreirinhas (MA), entre outros. De acordo com a empresa, a mudança se deve “a um processo normal de ajuste de capacidade à demanda.”