Desde os primórdios, o homem sentiu a necessidade de contar. Observando o mundo ao seu redor, rapidamente percebeu padrões comuns entre as coisas e, assim, começou a racionalizar. Nas eleições municipais, não é diferente. Os líderes dos partidos em Belo Horizonte já estão contando nos dedos, planejando quantas cadeiras vão conquistar na Câmara Municipal.

 

 

O PSD do prefeito Fuad Noman quer dobrar sua representação na Câmara. Atualmente com duas cadeiras, o grupo sonha em conquistar quatro. Os veteranos Helinho da Farmácia e Maninho Félix são nomes fortes, na avaliação do partido, enquanto as novas cadeiras, acreditam, podem ser ocupadas por André Rocha, Helton Jr., Prof. Julio Fessô, Diogo e Altair Gomes.

 



 

No PP, liderado pelo secretário da Casa Civil, Marcelo Aro, e pelo deputado federal Pinheirinho, que divide o poder do partido em dois grupos, a meta é conquistar três cadeiras, podendo alcançar quatro. A legenda protagonizou um embate com o presidente da Câmara, Gabriel Azevedo (MDB), na última legislatura, sendo um dos autores dos pedidos de cassação do, agora, pré-candidato à Prefeitura.

 

 

Entre os nomes cotados para assumir as vagas, segundo o partido, estão a vereadora Professora Marli, mãe de Aro, além de Leopoldo Siqueira, João Romanelli, Eduardo Bessa, Michele da Creche, Tileléo e Valdeci Rocha.

 

 

Já no Novo do governador Romeu Zema a aposta é na vereadora Marcela Trópia e no bolsonarista João Fernandes. Os dois acumulam seguidores nas redes sociais e devem estar na lista dos mais bem votados das eleições, se as projeções da legenda estiverem corretas.

 

 

Com a ausência do vice-governador Mateus Simões, que antes ocupava os corredores da Câmara, o partido acredita que os dois nomes serão eleitos e puxarão votos para que dois veteranos também saiam vitoriosos das urnas: Braulio Lara e Fernanda Altoé.

 

 

 

 

Na federação PT/PCdoB/PV, a expectativa é eleger um vereador para cada legenda. Pelo PT, partido do presidente Lula, o nome cotado é Pedro Rousseff, sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff, que é visto como um grande puxador de votos, possivelmente também um dos mais bem votados na Câmara. Pelo PV, a aposta é manter o veterano Dr. Célio Frois. Já pelo PCdoB, Jô Moraes é forte candidata à cadeira, avalia o partido.

 

 

No PSOL/Rede, dividido em grupos liderados por Bella Gonçalves (PSOL), Ana Paula Siqueira (Rede) e Paulo Lamac (Rede), a meta é conquistar quatro cadeiras, aumentando em uma a atual representação na Câmara. De acordo com a matemática partidária, Iza Lourença, Cida Falabella, Dario, Maria da Conceição, Prof. Nara, Consola e Juhlia Santos são os nomes com mais chances de ocupar os espaços.

 

 

O PDT, por outro lado, encara uma realidade diferente. Tendo dois vereadores na Casa, Bruno Miranda e Miltinho CGE, a aposta está no poder da deputada federal Duda Salabert que disputa a Prefeitura de BH. A expectativa é que ela consiga impulsionar a eleição de três candidatos do partido. De acordo com um dos líderes da legenda, esse cenário seria o ideal, mas não tão realista.

 

 

 

 

Por fim, duas apostas ousadas estão sob o comando do Republicanos e do PL. O primeiro, que lança Mauro Tramonte, pretende conquistar sete cadeiras na Câmara. Entre os nomes cotados estão Bispo Arruda, Irlan Melo, Bispo Fernando, Osvaldo Lopes, Ciro Pereira e Ramon Bibiano.

 

 

 

 

Já o PL, liderado por Bruno Engler, pretende eleger seis vereadores, mirando em oito cadeiras. O deputado Nikolas Ferreira quer eleger Pablo, seu antigo chefe de gabinete, enquanto Engler aposta em Vile, seu braço direito. Também são cotados Claudio Mundo Novo, Marilda Portela, Dai Dias, Uner Augusto e Victor Lucchesi.

 

 

Seguem os números

O Agir e o Avante, sob o comando de Luis Tibé, almejam conquistar uma e três cadeiras, respectivamente. No Agir, Klésio Aquino é um dos nomes mais fortes, segundo o partido, enquanto no Avante, Juninho Los Hermanos desponta como uma aposta promissora. Manu do Bim, filha de Bim da Ambulância, também é vista como uma possível eleita, junto com Claudinei Dulim e Rogério Alckmin.

 

 

O MDB, que lança Gabriel Azevedo à Prefeitura, espera conquistar duas cadeiras. Entre os nomes cotados, na avaliação da legenda, estão Loide Gonçalves, Henrique Braga, Cleiton Xavier, Sérgio Fernandes e Alê Fiscaliza. Já o PRD, do deputado federal Fred Costa, mira em três cadeiras, com Aline Risi, Eder Ferreira, Warley Porto, Michelle Siqueira e Professor Givanildo entre os candidatos.

 

 

Menos chances, porém com projeções

No DC, os vereadores Flávia Borja e Marcos Crispim têm a intenção de aumentar o número de cadeiras para três. Além dos veteranos, também são cotados, de acordo com o partido, os novatos Instrutor Reinaldo e Reinaldo Gomes. O Solidariedade, do deputado estadual Prof. Wendel Mesquita, quer conquistar três cadeiras, com Diego Sanches, Anderson Cota, Tirim e Rudson Paixão entre os nomes cotados.

 

 

Os tucanos aspiram a conquistar duas cadeiras. A federação com o Cidadania aposta suas fichas em Leonardo Ângelo, Reinaldinho, Jerusa Drummond, Orlei Pereira e Samuel Franco. O Podemos, o União Brasil, PSB, PMB e PNM não responderam a coluna.

 

 

Vice de Viana

O pré-candidato Carlos Viana (Podemos) anunciou Kika da Serra (Podemos) como sua vice na chapa da coligação "Mãos à Obra". O nome foi divulgado no final da tarde de ontem. Líder comunitária, ela é conhecida por ser uma das organizadoras do Baile do Serrão. Fred Aisc (DC), que inicialmente foi cogitado como possível vice de Carlos Viana, assumirá o papel de coordenador-geral da campanha. O nome de Renata Rosa também foi mencionado, mas não se concretizou.

 

 

Cleitinho deve ter novo suplente

A divisão e o descontentamento no Republicanos em relação às eleições municipais continuam intensos. Após anunciar sua renúncia à vice-presidência do partido em Minas Gerais, o empresário Alex Diniz, suplente do senador Cleitinho (Republicanos), também deve anunciar sua renúncia ao cargo de suplente no Senado. Agora, a posição será assumida por Wander de Sousa.

 

 

PT em dois

Não é de hoje que o PT enfrenta divisões internas em Minas Gerais. O mais recente episódio foi a ausência do presidente estadual do partido, Cristiano Silveira, na convenção que lançou Rogério Correia para prefeitura de BH. O deputado estadual é aliado do grupo de Reginaldo Lopes, que rivaliza com a tesoureira Gleide Andrade. Ela é a madrinha da candidatura petista na capital.

 

 

 

compartilhe