Presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco, que saiu de Rondônia para se estabelecer em Minas Gerais, teve uma escalada vertical no Legislativo. De deputado a presidente do Senado em sete anos, o “mineiro de coração” se consolidou nos corredores de Brasília como uma figura capaz de apaziguar gregos e troianos.
 
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Agora, a dois anos das eleições de 2026, o senador traça os primeiros passos visando chegar ao governo de Minas. E a estratégia envolve a negociação da dívida dos estados.
 


 
Confirmado nos bastidores no embate de quem irá suceder o governador Romeu Zema (Novo), Pacheco evita falar sobre sua futura candidatura porque precisa manter bom diálogo com os colegas do Congresso Nacional.  
 
A coluna apurou que o silêncio, inclusive nos palanques quando é anunciado como nome para concorrer ao pleito, faz parte da estratégia do senador. Ele quer se consolidar como o “resolvedor” da dívida mineira já que o mandato como presidente do Congresso termina em dezembro deste ano. Assim, ele não dependeria da projeção do cargo para impulsionar seu nome ao pleito. 
 
Após meses disputando com Zema os holofotes em torno da solução do débito mineiro, é na próxima semana que Pacheco deve conseguir o primeiro passo para pavimentar sua ascensão ao Palácio Tiradentes. Em coletiva de imprensa, previu que o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), de sua autoria, deve ser aprovado no Senado e levado para Câmara, onde a votação deve ser feita em regime de urgência. 
 
A coluna também conversou com representantes de Minas em Brasília e confirmou que o nome do líder do PSD é bem-visto como candidato na maioria das esferas políticas. Nos bastidores, a investida pelo estado é dada como certa e possivelmente bem-sucedida. 
 
Alguns acreditam que Pacheco é um dos poucos nomes que pode vencer os líderes da direita bolsonarista. E apesar de contar com o apoio do presidente Lula (PT), que deseja lançar o senador como seu candidato, o congressista é acolhido também pelos direitistas mais moderados. 
 
Em terra de tucanos e petistas, Pacheco tem, para os parlamentares, o que poderia ser chamado de “jeitinho mineiro” para enfrentar a “nova política”, ligada aos likes e vídeos nas redes sociais, segundo um deputado federal de Minas. Por ser discreto e fazer a maior parte do seu trabalho nos gabinetes do Congresso, o senador foi descrito como o elo entre a política tradicional e a nova onda digital.
 

Kalil + Pacheco

Colegas de partido chegaram a dizer à coluna que Pacheco não quer ser candidato. Isso porque o caminho até 2026 ainda é longo e pode ser tortuoso. Essa foi uma das pautas conversadas com o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, que não esconde que quer concorrer ao governo mineiro, e dividia no PSD o protagonismo com o senador. 
 
No partido, Pacheco era visto como favorito para disputar a vaga de governador, deixando o caminho de Kalil mais complicado. Quando cobrado sobre o assunto pelo ex-prefeito, chegou a dizer que o caminho estava em aberto em uma tentativa frustrada de manter Kalil na legenda.
 

Brumadinho em guerra

Durante a votação para a cassação do mandato de Gabriel Parreiras (PRD), candidato a vice na chapa de Guilherme Moraes (PSD) para a prefeitura de Brumadinho, a situação se transformou em um caos. A Câmara Municipal foi fechada para a participação popular, com um cerco ao redor do plenário para impedir a aproximação do público. 
 
A população presente se revoltou e bloqueou as entradas, resultando no cancelamento da reunião por falta de quórum e adiamento da leitura de uma denúncia. Um homem chegou a ser atropelado.
 

PL + Novo em Contagem

O pré-candidato à Prefeitura de Contagem Cabo Junio Amaral (PL) anunciou a escolha de Flávia Faulstich, do Partido Novo, como sua vice na chapa. A confirmação foi feita por meio de um vídeo publicado nas redes sociais pelo candidato.
 

Sem padrinhos

A ausência de Alexandre Kalil no debate da Band chamou a atenção nos bastidores. Mauro Tramonte (Republicanos) compareceu apenas com Luísa Barreto (Novo), sua candidata a vice. Tanto o governador Romeu Zema quanto o vice Matheus Simões, líderes do Partido Novo, também estavam ausentes do evento.
 

Bolsonarista moderado

A postura de Bruno Engler no debate da Band chamou a atenção. Embora não tenha afastado sua imagem do bolsonarismo, o deputado adotou um perfil mais moderado, evitando polêmicas e discussões sobre pautas de costumes. Engler também tentou desmentir rumores sobre ser anti-vacina. A estratégia do PL é manter o candidato em um "regime" de polêmicas controladas.
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