A imunoterapia é um tipo de tratamento contra o câncer que não tem como alvo o câncer em si, ao contrário dos tratamentos tradicionais. Em vez disso, a imunoterapia treina o sistema imunológico para combater o câncer. Vários tipos de imunoterapia estão agora aprovados para tratar uma ampla variedade de tipos de câncer.
A imunoterapia antitumoral é um tipo de tratamento para o câncer que promove a estimulação do sistema imunológico, por meio do uso de substâncias denominadas de modificadoras da resposta biológica. A finalidade do tratamento é aumentar a resposta do sistema imune às células agressoras, fazendo com que o próprio organismo combata a doença.
As reações imunológicas podem ser resultado da interação antígeno-anticorpo ou dos mecanismos envolvidos na imunidade mediada por células. A produção de anticorpos está relacionada aos linfócitos B, enquanto que a imunidade mediada por células se relaciona aos linfócitos T. Os monócitos e os macrófagos também são células efetoras de imunidade e facilitam a atividade dos linfócitos T e dos modificadores da resposta biológica, como a interleucina e o interferon.
Mais de 70 atividades biológicas são mediadas por produtos de linfócitos, monócitos e macrófagos. Esses mediadores podem ser classificados como fatores auxiliares, supressores, reguladores do crescimento e citotóxicos. Todo esse aparato trabalha em conjunto e harmonicamente em nosso corpo, quer via produção de anticorpos (linfócitos B), quer via ataque direto célula contra agressor (linfócitos T e macrófagos), nos defendendo e eliminando os agentes estranhos, quais sejam eles vírus, bactérias, fungos ou células tumorais.
Por vezes, nosso sistema imunitário pode tornar-se tolerante ao câncer por várias razões. Mas, com o emprego da imunoterapia, ocorre um revigoramento do sistema imunitário para que ele reconheça e ataque o câncer em vez de ser tolerante. Esses agentes transformaram o tratamento do câncer desde a aprovação do primeiro inibidor do ponto de controle imunológico para melanoma metastático em 2011.
O que são inibidores do checkpoint imunológico?
Os inibidores de checkpoint imunológico funcionam bloqueando proteínas de checkpoint – incluindo CTLA-4, PD-L1 e PD-1 – na superfície das células T. Essas proteínas normalmente impedem que as células T ataquem as células saudáveis, mas o tratamento com inibidores de checkpoint liberta as células T para eliminar as células cancerígenas de forma mais eficaz.
Já as terapias celulares adotivas, como as terapias com células T do receptor de antígeno quimérico (CAR), são células imunológicas retiradas de um paciente ou doador saudável e modificadas para aumentar sua capacidade de eliminar o câncer. Anticorpos direcionados são tratamentos que imitam anticorpos naturais do nosso sistema imunológico.
Por outro lado, as vacinas contra o câncer treinam o corpo para reconhecer características específicas do câncer e estimular uma resposta imunológica.
Os vírus oncolíticos usam vírus modificados para infectar e destruir células cancerígenas.
Moduladores do sistema imunológico ou terapias com citocinas usam compostos de sinalização imunológica para estimular a atividade imunológica.