Nariz feminino de perfil -  (crédito: Pixabay/Reprodução)

Nariz está intimamente ligado à autoestima de mulheres e homens

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Depois do boom de faces distorcidas devido à harmonização facial com agulhas, o procedimento caiu em desuso e pacientes passaram a procurar soluções com resultados mais naturais e definitivos. “Além dos resultados padronizados, a harmonização com injetáveis conta com algumas desvantagens. Em primeiro lugar, o resultado não é definitivo e requer aplicações constantes. O procedimento, a depender do profissional que o injeta, pode gerar distorções na face, como vimos nos últimos anos. Além disso, apresenta riscos de necroses de pele e até cegueira. É possível melhorar a harmonia e o perfil facial sem agulhas, com resultado natural e de maneira definitiva com a associação de técnicas”, afirma o médico Paolo Rubez, integrante da Brazilian Association of Plastic Surgeons (Baps) e da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps).

 

“Geralmente, a rinoplastia e a mentoplastia, combinadas, são responsáveis por melhorar a harmonia e o perfil facial. Essa associação recebe o nome de perfiloplastia”, explica o cirurgião plástico. Rinoplastia é um procedimento complexo que altera a estética nasal. Pode durar de duas a quatro horas, sob efeito de anestesia geral. Ela é feita de duas maneiras – aberta ou fechada – e ambas as técnicas envolvem incisões na região interna do nariz.

 

 

Na rinoplastia aberta, é realizada incisão externa na região da columela, tecido que divide as narinas. Dessa forma, o cirurgião consegue erguer a pele do nariz para que as estruturas internas se tornem mais visíveis e manipuláveis. "Essa técnica é usada principalmente quando são necessárias grandes mudanças na ponta do nariz, já que facilita a visualização das estruturas que precisam ser corrigidas. A rinoplastia aberta resulta em cicatriz externa em função da incisão na columela, que se torna imperceptível após alguns meses", afirma o especialista.

 

Na rinoplastia fechada, todos os cortes são feitos dentro do nariz e, por meio dessas incisões internas, o cirurgião esculpe e modela os tecidos. “A vantagem nessa abordagem é o procedimento mais rápido, que não resulta em cicatrizes aparentes. Porém, há menor visibilidade das estruturas do nariz”, explica Rubez. A decisão sobre a técnica a ser utilizada depende da complexidade da cirurgia e da preferência do médico.

 

Geralmente, a mentoplastia é citada como alternativa definitiva para harmonização facial, principalmente no caso da mentoplastia de aumento, que amplia o queixo, deixando-o mais projetado para a frente com o intuito de deixar a face mais harmônica.

 

“O procedimento promove esse resultado por meio do uso de implante ou reposicionamento do osso. A necessidade da cirurgia é avaliada por meio do exame físico e fotos do paciente de frente e perfil”, observa o especialista. A cirurgia de avanço ósseo é feita sob anestesia geral, com duração em torno de uma hora.

 

O local da incisão pode variar: ou é realizada dentro da boca, chamada intraoral, no sulco gengivolabial inferior, ou abaixo do queixo, chamada de submentoniana. Após isso, é feito o deslocamento do osso da mandíbula, com o corte do osso do queixo para reposicioná-lo com a ajuda de pequena placa de titânio, proporcionando um resultado mais natural e usando a própria estrutura óssea do paciente.

 

“Com a posição do mento fixada corretamente, é feito o fechamento da incisão operatória. É indicado o uso de uma faixa específica para reduzir o inchaço da região nos primeiros dias”, explica o cirurgião plástico.

 

Ao combinar os dois procedimentos, a perfiloplastia consegue corrigir a desproporção entre o queixo e o nariz em apenas uma cirurgia, ajudando a melhorar significativamente a harmonia facial, destaca o doutor Paolo Rubez. Geralmente, realiza-se primeiro a mentoplastia e, em seguida, a rinoplastia. O processo é feito sob anestesia geral e dura, em média, cinco horas.

 

Os resultados aparecem após a diminuição do inchaço que surge depois da cirurgia, o que leva cerca de três a seis meses. “O pós-operatório é o mesmo de grande parte das cirurgias. Durante duas semanas, o paciente deve permanecer em repouso e não praticar exercícios físicos”, finaliza Rubez.