Desacelerar e reverter o processo de envelhecimento é uma busca da humanidade desde seus primórdios. Mas para que seja possível chegar perto desse objetivo, precisamos, primeiramente, entender o que causa o envelhecimento, quais os mecanismos por trás desse processo. É aí que entram os chamados hallmarks ou marcadores do envelhecimento.
“Os hallmarks são biomarcadores (marcadores genéticos) que indicam o processo de envelhecimento do organismo como um todo, inclusive da pele. Antes, falávamos de nove marcadores do envelhecimento, mas os últimos congressos sobre o tema passaram a incorporar mais cinco, somando 14 ao todo”, explica a farmacêutica Patrícia França. Os marcadores são fundamentais para adotarmos medidas específicas para controlá-los e, assim, prevenirmos o envelhecimento.
Entre os cinco novos marcadores está o inflammaging, que ocorre quando, devido a maus hábitos, há um desequilíbrio entre os mecanismos pró e anti-inflamatórios do organismo, aumentando o status inflamatório contínuo e progressivo, o que acelera o envelhecimento da pele e aumento o risco de doenças crônicas.
“Os novos hallmarks incluem alterações nas propriedades mecânicas que comprometem as características celulares, prejudicando a síntese de colágeno; os distúrbios na microbiota, gerando processos inflamatórios e queda da defesa imune; e o comprometimento da autofagia, que é a perda da capacidade de degradação de componentes intracelulares nocivos, o que acarreta em alterações celulares importantes, inclusive prejudicando o crescimento dos cabelos”, lista a farmacêutica.
Patrícia França destaca a desregulação splicing entre os marcadores. “Splicing é o processo pelo qual o organismo fabrica RNA a partir do DNA. Qualquer erro nesse processo pode afetar diretamente a produção de proteínas, desencadeando problemas que afetam diretamente o processo de envelhecimento, como perda de estrutura capilar e dérmica e um vasto repertório de doenças.”
Estes novos marcadores se somam a outros já consagrados e bem estabelecidos: células-tronco, que diminuem o seu ritmo de trabalho até se esgotarem; alteração na comunicação intercelular; instabilidade genômica (tendência dos genes a mutações); disfunção nutricional (perda da capacidade de captar nutrientes); e disfunção mitocondrial (diminuição da produção de energia pelas células).
“Outro mecanismo é a perda da capacidade da protease, que mantém o equilíbrio das proteínas das células e, quando não funciona corretamente, gera desestruturação da pele e tecidos.
Células senescentes, ou células-zumbis, são outro marcador do envelhecimento, pois causam inflamação e danificam as células vizinhas. “Por fim, o último marcador envolve as alterações epigenéticas, que podem inibir ou aumentar a expressão de um gene, acarretando mudanças fisiológicas nas células e tecidos e aumento no processo inflamatório. Essas alterações são influenciadas, entre outros motivos, por fatores ambientais e comportamentais, como estresse, tabagismo e sedentarismo.”
O estilo de vida saudável é capaz de atuar sobre grande parte desses mecanismos. “É fundamental adotarmos uma rotina regular de prática de atividade física, manter alimentação balanceada, rica em alimentos anti-inflamatórios e com baixo consumo de gorduras e açúcares, ter noites de sono de qualidade, utilizar protetor solar diariamente e manter os níveis de estresse sob controle”, aconselha.
A farmacêutica reforça que a individualidade sempre deve ser respeitada. “Cada organismo pode apresentar um fator mais pronunciado de envelhecimento. Fatores externos, como a alimentação e exposição a poluentes e radiação solar, também devem ser levados em consideração”, diz Patrícia França.
Nesses casos, a suplementação, com ingredientes específicos para atuar sobre um ou vários dos marcadores do envelhecimento, pode ser recomendada.
“Com o Exsynutriment, silício estabilizado em colágeno marinho, promovemos aumento da produção de colágeno e da expressão de RNA, atuando sobre a desregulação splicing, além de ativação de proteínas. Já o Glycoxil, peptídeo biomimético da carcinina, protege o DNA, tem alta propriedade antioxidante e atua nos marcadores da senescência celular. Também ajuda a combater o inflammaging, assim como o FC Oral, poderoso anti-inflamatório e antioxidante”, explica a farmacêutica, destacando o Bio-Arct como opção para combater a disfunção mitocondrial.