A beleza das pernas é assunto ainda mais comum no verão, temporada em que as roupas são geralmente mais curtas. Mas isso não é tão fácil para quem tem de lidar com um problema comum, aquelas manchas escuras e pontos pretos semelhantes a sementes de morango.

 

“Muitas pessoas apelidaram essa alteração de ‘pernas de morango’. Trata-se da queratose pilar, ou seja, poros abertos contendo óleo, sujeira ou bactérias, que surgem geralmente após a depilação”, explica o médico Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

 

“Embora inofensivas, as 'pernas de morango' são comuns e desagradáveis esteticamente. Mas é fácil de prevenir e tratar o problema”, garante o dermatologista. De acordo com ele, uma das formas menos agressivas de tratamento é o hydrabody, versão corporal recém-chegada ao Brasil da hidrodermoabrasão do equipamento hydrafacial.

 

“Ele traz o mesmo sistema vortex-fusion presente nas ponteiras faciais. O design espiral exclusivo da tecnologia é capaz de gerar um efeito de vórtice que, combinado à tecnologia de sucção a vácuo do equipamento, consegue expelir e remover facilmente as impurezas da pele enquanto fornece soluções hidratantes e nutritivas”, explica Soriani.

 



 

A queratose pilar ocorre quando a pele cria acúmulo da proteína queratina, e ela cria um tampão que bloqueia o folículo capilar, levando a pequenas saliências.

 

“O tampão pode desencadear inflamação na pele, causando vermelhidão ao redor de cada folículo piloso”, detalha o médico. Além disso, os folículos capilares podem ficar irritados com o suor e a fricção. Portanto, recomenda-se usar roupas largas e manter a pele fresca e seca. Em alguns casos, as manchas individuais se inflamam. “Não se deve mexer nessas manchas, pois isso pode causar irritação e até mesmo cicatrizes permanentes”, adverte o doutor Renato.

 

A queratose pilar se manifesta com mais frequência na parte de trás dos braços, mas muitas pessoas podem ter saliências pequenas e duras nas coxas, pernas e até mesmo nas costas.
A foliculite é outra condição que pode ter aparência semelhante, desencadeada por folículos pilosos inflamados e irritados nas coxas e pernas. “Ambas as condições são muito comuns e não são perigosas, mas às vezes causam coceira ou dor. Pessoas com pele sensível, como aquelas com eczema, são mais propensas a ter queratose pilar”, afirma.

 

No tratamento via hydrabody, é realizado o processo de limpeza; logo após, entra em cena o peeling de glysal, com ácido glicólico e salicílico, que, segundo o médico, limpa profundamente e ajuda no descongestionamento da pele.

 

“Em seguida, selecionamos o booster apropriado para a indicação da paciente, podendo ser britenol, para amenizar e melhorar as pigmentações por conta da inflamação, ou dermabiulder para infusão de vitamina C, hidratação intensiva e melhora da qualidade da pele”, explica.

 

A tecnologia pode ajudar a melhorar a circulação sanguínea. “Usamos luzes LED de cores azuis ou vermelhas, a depender da indicação do paciente, visto que a cor azul auxilia no combate às bactérias e a cor vermelha na neocolagênese”, completa.

 

A aplicação subsequente do antioxidante Antiox nutre e acalma a pele, pois conta com nutrientes, antioxidantes e calmantes à base de algas marinhas e mentol, observa Renato Soriani.

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