Segundo levantamento da rede Oral Sin, umas das queixas mais comuns nas clínicas dentárias são as manchas nos dentes. O problema assusta e constrange, porque todo mundo vê e ninguém fala com a pessoa, mas comenta pelas costas. Há algum tempo, o ator Johnny Depp exibiu coloração marrom nos dentes ao sorrir para os fãs – foi o maior zum-zum-zum. 

O problema pode ocorrer por diferentes razões. Mas antes de entender os motivos e colocar em prática o melhor tratamento, é importante conhecer os tipos de manchas. Há as internas, que surgem quando há algum problema com a dentina ou a polpa dentária, mas elas não são visíveis. Já as externas se devem à alteração na tonalidade do esmalte dentário, como no caso do acúmulo de pigmentos e resíduos sobre o dente. 

Hábitos contribuem para o aparecimento e até mesmo a persistência de manchas com aparência amarelada ou escura, que podem afetar a autoestima e a confiança, além de trazer problemas de saúde bucal. 



Cerca de 89% da população brasileira higieniza a boca até duas vezes por dia e 53% usam fio dental, escova e pasta de dente, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, feita pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em 2021. 

Eduardo Azarias, especialista da rede Oral Sin, explica que as manchas podem ser causadas por café, sumos concentrados, vinho tinto, refrigerante tipo cola, chocolate, falta de higiene bucal e tabaco, que tem substâncias nocivas como a nicotina. Pigmentos presentes nesses alimentos e bebidas podem alterar a cor do esmalte. 

Outro motivo é a cárie. Ela causa a desmineralização do esmalte dentário, e o ácido produzido pelas bactérias deixa manchas esbranquiçadas no dente. Quando a deterioração evolui, podem ser observadas manchas mais escuras na superfície dental. Para determinar se o problema se deve à cárie, é fundamental consultar o dentista. 

Para evitar o aparecimento de manchas indesejáveis, diferentes abordagens podem ser utilizadas. Ir ao dentista com frequência é um começo (de seis em seis meses é o ideal). A limpeza pode ser indicada para alguns casos, não haverá mudança de cor para o branco, mas a diferença será percebida. 

O clareamento no consultório pode ser indicado com acompanhamento em casa, uso de gel e moldeira, ou até mesmo restaurações, incluindo a aplicação de facetas. Porém, esta decisão deve ser analisada cuidadosamente com o dentista especializado. Cuidados caseiros e receitas milagrosas sem a supervisão do especialista podem levar à sensibilidade excessiva e ao desgaste dos dentes, piorando o quadro das manchas. 

O doutor Azarias recomenda boa rotina para manter os dentes saudáveis. “Higienizar corretamente a boca diariamente, utilizando escova, pasta e fio dental, ajuda na prevenção das manchas. O tratamento com clareamento pode ser realizado com o intuito de clarear a tonalidade dos dentes, de modo que as manchas brancas não fiquem evidenciáveis na estética do sorriso”, explica. (Isabela Teixeira da Costa/Interina)

compartilhe