A perda involuntária de urina é assunto muito estigmatizado, principalmente pelas mulheres. De acordo com a pesquisa “Menstruação e escapes de xixi”, realizada pela empresa Kimberly-Clark em parceria com a consultoria Grimpa em 2022, cerca de 80% das brasileiras não conversam com médicos ou amigos sobre o tema por vergonha.


“A incontinência urinária pode ser desencadeada por uma série de fatores, incluindo fraqueza dos músculos do assoalho pélvico, danos nos nervos que controlam a bexiga e condições como diabetes e infecções urinárias”, explica a médica uroginecologista Lilian Fiorelli . “Além disso, certos hábitos de vida, como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e o hábito de segurar a urina por períodos prolongados, podem contribuir para o desenvolvimento da condição”.

 




As cinco causas mais comuns do problema são:


Fraqueza dos músculos do assoalho pélvico – Esses músculos desempenham um papel importante no suporte dos órgãos pélvicos, incluindo a bexiga. Quando estão mais fracos, podem resultar em vazamento de urina, especialmente durante atividades que exercem pressão sobre a região, como tossir, espirrar, correr ou levantar pesos.


Gravidez e parto – Durante a gravidez, o útero exerce pressão sobre a bexiga, o que pode resultar no aumento da frequência urinária e, em alguns casos, vazamento involuntário de urina. O parto vaginal também pode contribuir, principalmente se ocorrerem lesões nos músculos do assoalho pélvico durante o processo.


Hábitos de vida não saudáveis – Tabagismo, consumo excessivo de álcool e obesidade podem aumentar o risco de incontinência urinária. Por isso, é importante manter alimentação saudável e a rotina de exercícios físicos.


Condições médicas – Algumas doenças podem estar relacionadas aos escapes devido à interferência no funcionamento normal do órgão, como a diabetes, que, mal controlada, pode alterar o funcionamento dos nervos da bexiga e levar à incontinência urinária.


Infecção do trato urinário – Essa condição é comum devido à presença de bactérias na bexiga, que podem irritar a mucosa, resultando na sensação de urgência e frequência urinária, o que pode levar a episódios de vazamento involuntário.


Há vários tipos de incontinência. A seguir, listamos alguns deles:
Incontinência de esforço – É a mais comum. Ocorre quando há perda de urina ao tossir, espirrar, rir, levantar pesos ou praticar atividades físicas.


Incontinência de urgência – Caracteriza-se pela intensa necessidade de urinar, muitas vezes resultando em escapes involuntários de urina antes de chegar ao banheiro.


Incontinência mista – É a combinação das incontinências de esforço e de urgência. O indivíduo pode ter vazamento de urina tanto em atividades físicas quanto devido à urgência de urinar.


Incontinência funcional – Decorre de problemas físicos ou mentais que dificultam a capacidade de chegar ao banheiro a tempo, como doenças neurológicas, demência ou limitações de mobilidade.


Incontinência por transbordamento – Caracteriza-se pela incapacidade da bexiga de se esvaziar completamente, levando ao vazamento constante de pequenas quantidades de urina.


Fique atenta, pois perder urina não é normal. Qualquer situação de escape indica a necessidade de consultar um especialista. Além disso, em casos de dor ou desconforto ao urinar e alterações na cor, odor ou volume da urina, recomenda-se a visita ao especialista.


O urologista, ginecologista ou o uroginecologista pode realizar uma avaliação para determinar a causa da incontinência e recomendar o tratamento mais adequado, que pode variar de mudanças no estilo de vida a medicamentos e cirurgia.


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