Os cânceres de mama e do colo do útero estão entre as doenças que mais acometem as mulheres. De acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer, são estimados, para o triênio 2023-2025, 704 mil novos casos de câncer de mama e 17 mil de câncer do colo do útero no país. A evolução do diagnóstico e do tratamento tem garantido mais qualidade de vida, aumentado a taxa de sobrevida e ampliado as chances de cura.
O desenvolvimento de medicamentos biossimilares é inovador na área da saúde. Os produtos biológicos, com custo menor, além de segurança e eficácia cientificamente comprovadas, podem ser utilizados no tratamento de diferentes tipos de neoplasias.
“Biomedicamentos como o bevacizumabe e o trastuzumabe contribuem para ampliar o acesso a tratamentos oncológicos avançados, trazendo perspectivas bastante positivas. Utilizado em terapias conjugadas, este anticorpo monoclonal ajuda a inibir a multiplicação das células tumorais e preserva os tecidos saudáveis, fatores essenciais para o sucesso do tratamento e da qualidade de vida dos pacientes”, explica Maria Isabel de Campos Vergani, consultora médica da Biomm.
O diagnóstico precoce do câncer de mama é fundamental para reduzir o avanço da doença. A tomossíntese, conhecida como mamografia 3D, é um dos exames mais eficazes de rastreamento, por proporcionar visão tridimensional detalhada da mama.
“A abordagem tridimensional reduz a sobreposição de tecido mamário, tornando mais fácil a detecção de pequenos tumores e lesões suspeitas, muitas vezes imperceptíveis em mamografias tradicionais”, explica Josemaria Pereira de Francesco, especialista de Produtos Raio-X da Fujifilm.
“A biópsia, que complementa os exames de imagem, é essencial para confirmar se há presença de células cancerígenas no tecido mamário, determinar o tipo específico do câncer de mama, o estágio da doença e definir estratégias mais adequadas para o tratamento”, acrescenta Glais Libanori, gerente de Medical Affairs da BD.
A biópsia a vácuo, por exemplo, é considerada eficiente para extrair uma pequena parte do tecido de forma menos invasiva, além de reduzir o tempo do procedimento.
Um dos principais fatores de risco do câncer do colo do útero é o HPV (papilomavírus humano). Existem mais de 200 tipos de HPV, sendo que ao menos 14 são oncogênicos, apresentando maior probabilidade para o desenvolvimento de infecções persistentes, além de estarem associados ao desenvolvimento de lesões precursoras do câncer do colo do útero.
Os tipos de HPV 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. Contudo, nota-se o aumento do risco para o desenvolvimento da doença após a infecção pelo HPV 31.
Ampliar o rastreio por meio da genotipagem estendida e da autocoleta vaginal ajuda a facilitar o diagnóstico de infecção por HPV. O procedimento é menos invasivo. “Indicado para mulheres e homens transgêneros, essa tecnologia ajuda a ampliar o acesso aos serviços de saúde, principalmente em regiões remotas ou atendidas precariamente pela rede”, comenta Glais Libanori.
A autocoleta pode ser feita em casa e independe de profissionais para realizá-la. A amostra é enviada para uma rede de laboratórios credenciados para ser processada.