Nunca é demais falar sobre este tema. Até o próximo domingo (28/4), é realizada a Semana da Tontura, evento anual promovido pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial para alertar a população sobre os perigos dessa condição.

 




A tontura é a maior causa de queda entre idosos, especialmente acima dos 80 anos. De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, cerca de 40% deles sofrem quedas todos os anos.


O otorrinolaringologista Alexandre Gasperin explica que mais de 70 doenças, somente da parte periférica do corpo, têm como sintoma a tontura.


“Além da área periférica do sistema de equilíbrio, existe a parte neurológica, que pode causar tonturas também. É preciso sempre ter em mente que tonturas são sintomas, e não doença. O profissional qualificado vai identificar a causa e indicar o tratamento, que deve ser individualizado”, afirma. E atenção: a recorrência das tonturas indica que o tratamento não está correto.


As quedas, que estão entre as causas mais frequentes de traumas entre os idosos, podem ser previstas e evitadas. Gasperin observa que diversas condições causam os desequilíbrios, entre elas as doenças do labirinto, alterações visuais, fraqueza muscular, doenças crônicas como o diabetes e problemas neurológicos.


Algumas medidas simples podem ser adotadas por idosos. São elas:


Escadas: São necessários boa iluminação, corrimão em ambos os lados e piso antiderrapante preso nos degraus.


Cozinha: Mantenha alimentos e utensílios em locais de fácil alcance, não encere o chão e não use tapetes.


Banheiro: Use sabonete líquido em vez de sabonete solto, instale corrimão na banheira e nas paredes do banheiro, coloque adesivos antiderrapantes em áreas úmidas. Nunca tranque a porta deste cômodo.


Calçados: Não use saltos e chinelos; adote calçados que prendam o calcanhar; use calçadeira para ajudar a colocar o sapato.


Orientações gerais: Nunca suba em banco ou cadeira para pegar algo no alto, use a escada. Não pule refeições, estômago cheio é importante. Use óculos, se necessitar. Não corra para atender o telefone ou a campainha. Conserte o assoalho se houver tábuas soltas. Mantenha os números de emergência, entre eles os de hospitais, de parentes e de amigos, ao lado do telefone. Evite usar roupas muito compridas.


Não se envergonhe de recorrer a auxílio para se locomover, como bengalas, muleta alemã ou andador.

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