Para alegria geral das friorentas e das mulheres de bom gosto, começa amanhã (1º/5) a 64ª Feira de Malhas de Tricô Sul de Minas, no Minascentro, em BH. O evento vai até 11 de maio e conta com cerca de 90 expositores das cidades de Jacutinga, Monte Sião, Andradas e Ouro Fino.

 


A cada edição, as marcas se superam, trazendo modelos dentro de tendências da moda inspirados nos lançamentos da Europa, Ásia e Estados Unidos.

 



 

Apesar de acompanhar o evento à distância e divulgar o trabalho a cada edição, por reconhecer sua importância tanto para o setor quanto para o consumidor, resolvi visitar a feira no ano passado e me surpreendi. Não com o número de visitantes – sabia que estaria lotada, afinal é oportunidade ímpar para comprar roupas de frio que realmente aquecem a preços bem acessíveis. Fiquei surpresa com a qualidade e diversidade de modelos. Sem falar da chance de comprar o presente para o Dia das Mães.

 

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Claro que a grande maioria dos expositores traz modelos básicos (ou os deixam mais à vista dos clientes): blusas de lã de gola redonda, em V ou rolê, justas, ótimas para usar sob casacos, jaquetas e blazers. Há ponchos, capas, mantas, twin-sets e blusas de lã abertas na frente. O básico é muito importante para fazermos produções mais transadas e sofisticadas.

 


Se você não se deixar levar pelo tumulto das pessoas, tiver paciência e olhar com atenção, vai encontrar peças sofisticadas, elegantes e bem fashion. Vi saias justas e rodadas de vários comprimentos, com belos trabalhos em tricô, pontos diferenciados e combinação de cores elegante; coletes e pulôveres femininos e masculinos, lançamentos do ano passado que continuam em alta; conjuntos de casaquetes e saias ou calças, além de casaquinhos à moda Chanel. Um arraso.

 


De acordo com Dayhana Nicoleti, cerca 60 mil visitantes passarão pela feira, atraídos pelos produtos feitos de forma artesanal e cuidadosa por fabricantes do Sul de Minas. “O tricô surgiu 1 mil anos antes de Cristo e está na contramão do fast fashion. Moda durável e em constante reinvenção, virou objeto de desejo por sua versatilidade e acabamento. Nosso público busca preço e qualidade”, ressalta.

 


A Feira de Malhas tem papel fundamental para a economia do Sul de Minas e para a capital, contribuindo para a valorização da cadeia produtiva formada por pequenas, médias e grandes confecções – boa parte de origem familiar –, que acompanharam a evolução do setor, com o emprego de tecnologia de ponta. Artigos são revendidos para lojistas, turistas e sacoleiras de várias regiões do país.

 


“A produção do vestuário de malhas de tricô é a principal atividade econômica do Sul de Minas. Para se ter uma ideia, em torno de 70% da população de Jacutinga e de Monte Sião trabalha direta e indiretamente nas confecções. A feira fomenta receita e geração de empregos, são quase 400 trabalhos temporários, entre atendentes, recepcionistas, profissionais de limpeza e saúde, segurança, montadores e eletricistas”, diz Dayhana Nicoleti.

 


O evento tem viés social. Como ocorreu nas edições anteriores, a feira doará 2 mil agasalhos adultos e infantis para o Servas, instituição sem fins lucrativos que realiza programas, projetos e ações de desenvolvimento social. As roupas serão destinadas a entidades assistenciais de BH. (Isabela Teixeira da Costa/Interina)

 


FEIRA DE MALHAS DE TRICÔ SUL DE MINAS

Desta quarta-feira (1º/5) a 11 de maio, no Minascentro (Rua Guajajaras, 1.022, Centro). De segunda a sexta, das 13h às 20h; feriado, sábados e domingos, das 12h às 20h. Ingressos podem ser retirados gratuitamente por meio de cadastro no site oficial (www.feirademalhassuldeminas.com.br) ou diretamente no local.

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