A titular desta coluna escreve muito sobre saúde, tema do qual ela entende bastante e gosta muito. E que tem muita leitura, afinal saúde é de interesse geral. Por causa disso, recebemos vasto material com novidades sobre as mais diversas doenças e problemas, desde os que acometem bebês até idosos.

 
Recebi um que me chamou a atenção, porque não fazia ideia que este tipo de coisa acontecia e muito menos que estava aumentando: puberdade precoce. E o pior é que o aumento de casos começou após a pandemia da COVID-19. Pelo visto, não ficaremos livres dela tão cedo.

 



 
A COVID ainda está aí. Esta semana mesmo, a PBH ampliou a aplicação da dose de reforço da nova vacina monovalente contra o vírus para todos os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.

 
Com isso, além dos idosos acima de 80 anos, gestantes, puérperas (mulheres no período até 45 dias após o parto) e imunossuprimidos estão sendo chamados para serem vacinados. E pelo visto os efeitos colaterais da doença continuam aparecendo.

 
O crescimento rápido, odor na axila e acne podem ser alguns sinais do surgimento da puberdade precoce, que aparece antes dos 8 anos em meninas e dos 9 anos em meninos.

 
A disfunção é causada pela exposição precoce aos hormônios sexuais, o que pode ocorrer pela produção antecipada ou exposição a hormônios externos, como os de medicamentos.

 

 

Estudos apontam que o número de casos aumentou consideravelmente durante o período da pandemia e que houve, provavelmente, um efeito ambiental para esse aumento. Alguns fatores que podem ter influenciado são alimentação mais calórica, sedentarismo e estresse.

 

“A identificação da puberdade precoce por cuidadores e pediatras e o posterior tratamento efetivo são muito importantes, pois desta maneira conseguimos prevenir complicações que impactam física e emocionalmente a criança”, afirma o diretor médico do Aché, Stevin Zung.

 
As principais consequências da puberdade precoce são: baixa estatura quando adulto, maior risco de obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. A incidência global de precocidade sexual é estimada em 1:5 mil a 1:10 mil crianças, sendo que a proporção de mulheres para homens é de aproximadamente 10:1.

 
Os sintomas que definem a puberdade precoce são: o aparecimento do broto mamário nas meninas e aumento do crescimento do tamanho do testículo nos meninos. Outros sintomas também podem estar presentes, como aparecimento de pelos, odor nas axilas e maior velocidade de crescimento.

 
A puberdade precoce, considerada rara, é detectada por meio de exames clínicos, exames de imagem e de sangue. Na investigação, fique atento também para a possível exposição das crianças a medicamentos que contenham hormônios.

 

Para o tratamento da puberdade precoce são indicados medicamentos que inibem a liberação dos hormônios sexuais. Em casos de suspeita, procurar um endocrinologista pediátrico. (Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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