O teste do pezinho é oferecido gratuitamente pelo SUS e deve ser feito entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê
 -  (crédito: Freepick/Divulgação)

O teste do pezinho é oferecido gratuitamente pelo SUS e deve ser feito entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê

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Nesta onda – que fica cada vez mais forte – de elencar datas para chamar a atenção e alertar sobre questões importantes, descobri que nesta quinta-feira, 6 de junho, é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho. A data marca a importância de uma prática simples na saúde neonatal, afinal o exame é essencial para a saúde dos recém-nascidos.

 

 

O teste é um procedimento simples e rápido realizado nos primeiros dias de vida do recém-nascido e tem se consolidado como uma ferramenta essencial para a prevenção de diversas doenças graves. Feito a partir de algumas gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê, o exame pode detectar precocemente uma série de condições que, se não tratadas a tempo, podem resultar em complicações para a saúde da criança.


O teste tem a capacidade de identificar doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, antes mesmo do aparecimento dos sintomas. Segundo a diretora médica do Hospital e Maternidade Metropolitano, Maria Claudia Dalaneze, entre as condições que o exame pode detectar, estão fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e deficiência de biotinidase, entre outras. Essas doenças, quando diagnosticadas precocemente, permitem intervenções médicas imediatas que podem evitar sequelas permanentes, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.


Para que os leitores entendam melhor, a fenilcetonúria é uma doença genética que impede o metabolismo adequado da fenilalanina e pode levar a danos neurológicos irreversíveis se não tratada desde os primeiros dias de vida. O tratamento adequado e a dieta restritiva iniciadas logo após o diagnóstico pode prevenir essas complicações.


Da mesma forma, o hipotireoidismo congênito, que pode causar atraso no desenvolvimento físico e mental. A doença pode ser controlada com a administração de hormônios tireoidianos, garantindo um crescimento saudável para a criança.


Além dos exemplos que citei acima, o teste do pezinho evoluiu bastante nos últimos anos, com novas tecnologias e ampliação do alcance de doenças detectáveis. Em muitos estados, o exame já inclui a triagem para doenças como toxoplasmose congênita e a hiperplasia adrenal congênita, oferecendo uma cobertura ainda mais abrangente para a prevenção de problemas de saúde em recém-nascidos.


A realização deste teste é obrigatória em todo o Brasil, é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para identificação de seis doenças. Em 2021, foi aprovada a Lei nº 14.154 que amplia para mais de 50 o número de doenças raras detectadas pelo exame.


O exame é feito entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê, garantindo tempo hábil para intervenções precoces caso algum problema seja identificado. Portanto, a conscientização sobre a importância do teste do pezinho é fundamental. Quanto mais precoce começar o tratamento, melhores os resultados. O teste do pezinho é um exame crucial, que salva vidas e previne complicações graves. (Isabela Teixeira da Costa/Interina)