Amor-próprio e autoestima são fundamentais, porque quem não se ama, não consegue amar o outro
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Amor-próprio e autoestima são fundamentais, porque quem não se ama, não consegue amar o outro

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Na última terça-feira (4/6), Carla Thibau organizou um bate-papo na sua Alphorria por causa do Dia dos Namorados, que está para chegar. O foco da conversa foi amor-próprio e autoestima, e a convidada foi a dinâmica e simpática Naty Vasconcelos.

 
O interessante é que desde o ano passado, Carla tirou o foco do casal e colocou holofotes na mulher para falar do Dia dos Namorados, numa posição clara de que é preciso se amar primeiro, pois quem não se ama, não consegue amar o outro.



As cadeiras estavam propositalmente colocadas de frente a um gigantesco espelho, com as seguintes frases: “Ame-se, o poder do amor (próprio) cura você”; “Liberte-se, viver sem julgamentos é o melhor remédio”; e “Apoie-se, valorize pessoas que gostam de você pela sua essência”.


A certa altura do bate-papo, Naty disse uma coisa que chamou a minha atenção. Em um trabalho que estava fazendo com uma coach, foi pedido que escrevesse 30 qualidades dela. E contou da dificuldade que foi fazer essa relação.


Naty disse, brincando, que acha que até hoje não conseguiu completar a lista.


Fiquei desassossegada. Cheguei em casa e resolvi fazer a lista das minhas 30 qualidades. Consegui escrever 18, e acho que algumas eram sinônimos. Algumas coisas que pensei desisti de escrever, porque pareceu que estava me achando, ou porque, de fato, não penso que sou assim. E várias vezes, no meio do pensamento das qualidades, vinham à minha mente vários defeitos.


Será que temos vergonha de nos valorizar ou não nos damos valor mesmo? Por que é muito mais fácil apontarmos nossos defeitos?


Naty Vasconcelos contou que outra característica que ela colocou sobre si mesma foi agitada, como se aquilo fosse negativo. E então a coach fez um comentário muito interessante: “Você não é agitada, você é alegre, dinâmica”. Isso mostra, mais uma vez, a nossa natureza distorcida de sempre nos diminuir.


Pegamos características que são qualidades e damos sempre enfoque negativo a ela, em vez do positivo. Você não é calada, é observadora; não é inibida, é tímida; não é ansiosa, é dinâmica; não é agitada, é alegre; não é exagerada; é extrovertida. E por aí vai. Temos que aprender a nos olhar com amor, a nos valorizar, o que eleva a nossa autoestima. E, principalmente, não deixar que ninguém a diminua.


Sou muito brincalhona, claro que temos que saber onde, quando e como podemos brincar, e, principalmente, com quem. Mas muitas pessoas ficam incomodadas, porque gostariam de ser extrovertidas e não são.


Sou observadora também, e outro dia presenciei uma cena curiosa. Um grupo de amigas, uma bem extrovertida estava brincando com todas e se esbaldando, uma outra amiga, que parece ser do grupo das mais discretas, disse algo como se estivesse querendo reprimi-la. Não adiantou nada, a outra respondeu algo do tipo: “Entra na dança ou fica na sua, mas me deixa ser feliz”. Esta deve ter autoestima bem elevada. E fiquei feliz de ver que ela respondeu, com bom humor, educação, em tom de brincadeira, mas não perdeu sua alegria do momento.


É isso aí, acho que já passou da hora de nos amarmos mais. Parabéns a Carla Thibau pela iniciativa. (Isabela Teixeira da Costa/Interina)