Limpar móveis e recantos da casa exige cuidados especiais -  (crédito: PIXABAY/REPRODUÇÃO)

Limpar móveis e recantos da casa exige cuidados especiais

crédito: PIXABAY/REPRODUÇÃO

 

Nestes infindáveis dias que estou em casa, sem poder sair, aproveito para correr os olhos nos móveis e objetos que tenho. Em primeiro lugar, me culpo da mania de comprar que sempre me acompanhou e fico pensando que, quando eu morrer, quem da família ficar com as minhas coisas – grandes e pequenas – vai ter um trabalhão danado para se livrar delas.

 


Como meu marido era “do ramo”, a quantidade de livros, discos e DVDs também é incontável. O problema da “compração” começou a aparecer em Paris, quando ele adquiriu tantos discos que tive que comprar uma mala para trazê-los. Não adivinhei que aquilo já era sinais do Alzheimer que ele teria.

 

 


Eu, que tenho olhos que não deixam passar nada, tive de voltar várias vezes às lojas que tinham na vitrine coisas que me atraíam, além de correr todos os free-shops de hotéis. Quando cheguei à Rússia, no hotel que funcionou para abrigar os participantes da Copa do Mundo, corri para comprar bandejas de metal com ramos de flores pintados, que tinha procurado por aqui, sem encontrar. Só resisti aos vidros de vodca de todas as cores, vencida pelo raciocínio lógico do marido: como esses vidros vão aguentar durante a viagem que está começando?

 


Voltando: com tempo sobrando, consigo flagrar locais da casa que há muito tempo não recebem um paninho contra poeira. Já não falo das prateleiras de livros, que, coitados, têm que sobreviver como sempre. O que lhes dá até uma desculpa do tempo em que foram lidos.

 


Outro lance é que a poeira não perdoa os arranjos de flores artificiais. Quando são de plástico, o caminho mais fácil é colocar os vasos na chuva. Quando não chove e existe espaço, a solução é um esguicho bem fraco de mangueira de jardim. O arranjo se conserva com a mesma montagem, sem carregar também a poeira.

 


Enfeites variados, colocados pelos móveis e recantos da casa, devem passar por cuidados especiais. A poeira vai parando neles, que vão perdendo a cor original. Pratos e travessas decorando paredes – uma mania tão nossa – também devem passar por vistorias para voltarem a mostrar suas cores naturais.

 


Outro cuidado deve ser dedicado aos armários que guardam louças e peças de mesa que não são de uso diário. Dar uma limpeza nas peças, vez ou outra, facilita, por exemplo, no caso do aparecimento de visitas inesperadas. Por mais perfeita que seja, porta de armário não consegue barrar poeira.

 


Outro lance craque para empoeirar: cadeiras, sofás e poltronas de tecidos que não sejam muito usados. Perceber a visita inesperada sair de sua casa com o assento da calça ou saia marcados pela poeira é uma vergonha.

 


Se você coleciona peças de cerâmica antiga, elas merecem cuidado à parte, por causa da idade e raridade. E mesmo assim, a saramenha quebrada vale uma grana para colecionadores.