Outro dia, conversando com um grupo de mulheres, o papo caiu na famigerada celulite. Cada uma chorando suas pitangas, até que uma delas contou que ouviu um médico dizer que existe um tratamento que dá fim à celulite. Não sou médica, nem da área de estética, mas truquei esse médico e resolvi me inteirar sobre o assunto. Afinal, jornalista que sou, não consigo ficar com dúvidas e muito menos curiosidade não sanada.

 


Liguei para a dermatologista Marcela Mattos, que conheço e confio, para esclarecer a questão e já fui logo perguntando se existe algum tratamento que elimina 100% da celulite. E a resposta foi realmente a que eu imaginava.

 



 


Segundo Marcela Mattos, a celulite é uma doença multifatorial, por isso tem questões relacionadas com a circulação e inflamatórias. Portanto, é difícil falar em eliminação total do problema por sua complexidade. Mas não precisamos ficar desesperadas, porque a especialista afirma que é possível melhorar muito. Quem tem celulite grau 3, pode reduzi-la para 2, quem tem 2 pode baixar para grau 1.

 


Mas todos os médicos afirmam que o melhor é prevenir para que elas não apareçam ou, se já tiver alguma, que elas não cresçam ou aumentem. E a prevenção é ter hábitos saudáveis, praticar exercícios físicos, manter uma alimentação equilibrada com baixos índices glicêmicos, dando preferência para proteínas e carboidratos complexos, que vai ser uma alimentação antioxidante. Ingerir bastante água e não fumar. Isso deve ser feito principalmente por quem fez tratamento para reduzir as celulites.


Sobre os tratamentos, Marcela aponta o que há de mais moderno na área. “Estamos com um aparelho chamado Nuera, totalmente indolor, com um sistema multicamadas, que trata desde a gordura profunda até a gordura médio superficial, e a parte da pele também, que é muito importante. A celulite tem o componente inflamatório que é muito relevante. Estimular colágeno nessa pele ajuda muito porque muitas pessoas têm a pele flácida sobre esse tecido adiposo, e as traves de fibrose também, que fazem uma marca como se tivesse algo prendendo no meio. E esta máquina atua muito bem em tudo isso”, explica a dermatologista.

 


Outros tratamentos são os bioestimuladores de colágenos injetáveis, através da cânula o médico quebra essas traves de fibrose. “Esse procedimento se chama subcisão. E acabamos de comprar um aparelho chamado Secret, o primeiro em Minas, que, além de fazer a radiofrequência microagulhada – isso já existe –, também vem com uma cânula rígida que faz o equivalente do endolaser, que temos, e na ponta tem a radiofrequência. Então, geramos a quebra e fazemos a radiofrequência ao mesmo tempo”, conta.


E para completar, pode fazer preenchimento dessas depressões com ácido hialurônico. Como diz a própria Marcela Mattos, é uma empreitada para conseguir esse benefício global, sempre tentando educar a paciente para que ela entenda que tem uma predisposição genética para essa doença inflamatória e precisa cuidar da alimentação e praticar atividade física. (Isabela Teixeira da Costa/Interina)

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