Intensidade das sensações prazerosas diminui na menopausa e a resposta orgástica é mais lenta e menos intensa nessa fase -  (crédito: PIXABAY/REPRODUÇÃO)

Intensidade das sensações prazerosas diminui na menopausa e a resposta orgástica é mais lenta e menos intensa nessa fase

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Orgasmo ainda é um assunto tabu, especialmente para mulheres. Muitas, inclusive, desconhecem a sensação. Dados apontam que 70% a 80% das mulheres não conseguem atingir o orgasmo nas relações sexuais tradicionais, sem um estímulo direto no clitóris. E o problema é ainda mais grave quando as mulheres alcançam a menopausa.

 


“Na menopausa, atingir o orgasmo torna-se ainda mais difícil. A intensidade das sensações prazerosas diminui nessa fase, a resposta orgástica é mais lenta e menos intensa”, diz o ginecologista Igor Padovesi, membro da North American Menopause Society (NAMS), da International Menopause Society (IMS) e associado à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).


Além disso, há o fato também de que, na menopausa, há uma diminuição da função e do desejo sexual. “Uma série de fatores pode prejudicar a libido na menopausa, mas temos, principalmente, a questão hormonal. A queda nos níveis hormonais prejudica o desejo e a resposta sexual”, pontua o médico.

 

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Mas existem algumas maneiras de facilitar o orgasmo, mesmo na menopausa. Uma delas é, por exemplo, a prática da masturbação, que é fundamental para o autoconhecimento e para conquistar uma relação mais saudável com a própria sexualidade e com o próprio corpo.


“Essa prática ajuda a mulher a conhecer o corpo e saber como e onde ela tem mais prazer, o que melhora a satisfação sexual nas relações”, diz Padovesi, que afirma que a masturbação tem outros benefícios para mulheres na menopausa.

 

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“Assim como o sexo, a masturbação estimula o fluxo sanguíneo da região genital, o que pode melhorar a lubrificação e ajudar a combater o ressecamento vaginal; também fortalece os músculos do assoalho pélvico, reduzindo a incontinência urinária e aumentando a sensibilidade; e ainda libera substâncias que causam relaxamento e ajudam no combate ao estresse e às flutuações de humor”, diz o ginecologista.


Outra estratégia que pode ajudar na satisfação sexual é o uso de acessórios, de acordo com Padovesi. “Para conseguir chegar ao orgasmo com mais facilidade, a mulher precisa de algum estímulo no clitóris, então o uso de brinquedos sexuais tornou-se algo de prescrição médica. Isso melhora a satisfação da mulher, não só quando se masturba sozinha, mas também quando tem um parceiro. Geralmente, recomendamos o chamado bullet (vibrador) como o primeiro sex toy da mulher, pois é pequeno, tem um formato discreto e proporciona um estímulo vibratório para atuar no clitóris”, aconselha.


O médico ainda destaca que a dificuldade de atingir o orgasmo só piora com o passar do tempo, especialmente quando as mulheres não realizam a terapia hormonal, que é a principal estratégia comprovada para recuperar a libido e a satisfação sexual das mulheres na menopausa.

 

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“O tratamento atua diretamente na principal causa do problema: o desequilíbrio hormonal. É cientificamente comprovado que, quando realizada corretamente, a terapia hormonal, além de ser muito segura, é capaz de melhorar a função sexual, pois trata os sintomas da síndrome geniturinária da menopausa (SGM), como falta de lubrificação, atrofia vaginal e dor na relação sexual, além de melhorar a libido e a satisfação sexual”, explica.


Padovesi ressalta ainda que é importante a mulher, assim que notar os primeiros sintomas da menopausa, buscar um médico especializado para passar por uma avaliação e receber o tratamento adequado.