No dia a dia, muitas vezes nos deparamos com situações que em que a gentileza foi deixada em segundo plano
 -  (crédito: PIXABAY/REPRODUÇÃO)

No dia a dia, muitas vezes nos deparamos com situações que em que a gentileza foi deixada em segundo plano

crédito: PIXABAY/REPRODUÇÃO

 

 

Estou chocada com determinadas situações que estou presenciando e outras tantas que estou vivenciando. Como elas têm sido muito frequentes, decidi aproveitar este espaço e levantar a lebre para alertar certas pessoas e, quem sabe, conseguir lembrá-las de que respeito e educação nunca são demais.

 


Outro dia, um grupo de jornalistas foi convidado para um evento, seguido de almoço. Uma colega, de outro veículo, avisou que não poderia demorar, devido a um compromisso profissional de horário marcado – tem programa de rádio – e por isso não poderia ficar para o almoço. Pelo que entendi, disseram que não teria problema, que serviriam o prato dela antes.

 

 

Quando fiquei sabendo do caso, ela não havia sido servida. Eu, intrometida que sou e preocupada com tudo, fiquei pensando no desaponto da proprietária do restaurante em ver uma jornalista sair com fome de sua casa. Chamei a chef e alertei sobre o horário, já que a colega tinha avisado às organizadoras. Qual não foi meu espanto quando a chef, na maior educação, disse a ela e seu colega que fossem à mesa no fundo, perto da cozinha, para almoçar.

 

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Socorro! Alguém me explica onde está essa etiqueta? Vou te tirar da mesa, te esconder nos fundos, perto da cozinha. Minha colega, muito delicada, agradeceu e disse que não daria tempo. Esperou uns 10 minutos e saiu. Deve ter passado em algum fast food no meio do caminho.

 

Continuo querendo entender o porquê de ela não ter sido servida na mesa principal. Bastaria explicar que tinha trabalho e que jamais alguém sairia com fome daquele estabelecimento. Que pena, a chef perdeu ótima oportunidade de ser elegante.

 

 

Fiquei pasma com outra atitude. Minha filha tem cidadania italiana e recebeu e-mail de um hospital da Itália confirmando algum procedimento, se não me falha a memória. Ela respondeu que não era ela e alguém estava usando seu nome. Como não obteve resposta, achou que deveria reportar o fato ao consulado. Marcou, foi até lá e, pasmem, foi atendida na calçada, conversando através da grade. O segurança não a deixou passar pelo portão.

 

Ela voltou indignada. Eu fiquei mais revoltada ainda. É sabido que consulados não são exemplos de delicadeza, mas esse extrapolou.

 

Por último, mas não menos grotesco: comprei, na época do Dia das Mães, uma calça na loja de uma marca mineira de que gosto muito. Por sinal, sou amiga da fundadora e de suas filhas.

 

 

Deixei lá para dar bainha e esqueci. Na última segunda-feira, como iria lá perto, lembrei e fui buscar a peça. Estava acompanhada de uma amiga de 80 anos.

 

Quando chegamos, tinha o aviso de que a loja estava fechada, mas havia várias pessoas lá dentro, arrumando as araras.

 

A moça abriu a porta e deu a informação que já tínhamos lido. Expliquei que só queria buscar a calça.

 

Ela perguntou meu nome e fechou a porta na nossa cara, nos deixando sob o sol escaldante. Demorou um bocado. Aí veio outra moça, perguntando novamente o meu nome. Viu que minha amiga tinha conseguido uma pequena sombra na lateral da casa. Fechou a porta novamente. Mais demora. E então veio a calça com o pedido de desculpas.

 

 

Pergunto: elas não poderiam nos convidar a entrar para que ficássemos na sombra, pedir desculpas por estarem organizando a loja para o lançamento de verão? Seriam educadas e simpáticas, conquistariam as clientes.

 

Pelo visto, a empresária Chris Gontijo, que abriu mão de sua marca de sleepwear maravilhosa para dar cursos de etiqueta corporativa, sabia muito bem o que estava fazendo, porque este pessoal está precisando muito dos serviços dela. (Isabela Teixeira da Costa/Interina)