O envelhecimento me leva a uma praga de idade difícil de suportar: é complicado o médico dar acompanhamento à queixa do paciente. O procedimento de todos é igual, raro o que quer sugerir ao paciente como proceder de outra maneira.
Nessa minha última crise, estou entregue ao deus-dará. O médico pede uma série de exames, olha com a suposta atenção, sugere um ou outro cuidado e pede retorno em futuro próximo. Para que a paciente tenha tempo de superar o que está sentindo. Ou achando que está sentindo.
Estou nessa fase áurea de doença “suposta”: recebo uma rápida avaliação, a data do retorno e volto para casa com alguma receita que devo usar criteriosamente. Só que as mesmas queixas que levo na primeira consulta trago de volta, talvez perca a dor de cabeça semanal, o resto continua igual. Se você quiser vencer a doença e procurar outro médico, pode acontecer de receber o mesmo diagnóstico.
Tenho páginas e mais páginas de resultados de exames de sangue, não há médico que se preze que dê diagnóstico sem tal exame. Tente levar um recente com o mesmo pedido do anterior. Ninguém aceita, porque não é só o sangue que é examinado, são todos os itens que o compõem, que desafiam os profissionais, a praga nunca é a mesma.
Nesse passo, caminham as visitas aos médicos para tratar doenças que não são descobertas ou curadas da primeira vez. Sofro de uma praga dessas, bate-bate no ouvido – ou cabeça, se preferirem. O diagnóstico é sempre o mesmo – mas sarar mesmo já é outra história.
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Algumas sugestões até abrandam no primeiro uso da nova pílula. Mas o resultado dura pouco, o organismo acostuma – pelo menos é isso que concluem os médicos consultados. Esse tipo de transtorno é generalizado em saúde, vale é suportar se não sofrer.
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Difícil é não encontrar alguém que não passe por essas bobagens, resistir, quem há de? A única coisa que vence esses problemas, que não deixam marcas maiores, só amolação, é fazer um diário de pequenos cuidados e segui-los à risca. Se os cuidados podem ser feitos em casa, melhor ainda.