Exame de audiometria a partir dos 40 anos detecta perda auditiva, além de auxiliar no tratamento
 -  (crédito: Shutterstock/Divulgação)

Exame de audiometria a partir dos 40 anos detecta perda auditiva, além de auxiliar no tratamento

crédito: Shutterstock/Divulgação

 

A perda auditiva é uma condição comum entre os idosos, mas passa despercebida porque começa mais cedo e evolui aos poucos. Por isso, é muito importante que amigos, familiares e pessoas do convívio fiquem atentos a certos sinais que podem indicar essa alteração.

 


Assistir à televisão em volume elevado, ter dificuldade em acompanhar conversas e pedir para repetir várias vezes certas palavras ou frases são os sintomas mais clássicos da perda auditiva, que costumam se manifestar, principalmente após os 60 anos.

 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

 

O importante é conseguir identificá-los precocemente para buscar o tratamento adequado e evitar as consequências da perda auditiva, que afeta não apenas a comunicação, mas também a qualidade de vida, como explica Christiane Nicodemo, mestre em distúrbios da comunicação e linguagem, especializada em cuidados integrativos e reabilitação auditiva, e fonoaudióloga do Hospital Paulista.

 

 

"A maior preocupação é com a predisposição ao desenvolvimento de demência precoce, provocada pela falta de estímulos auditivos. Vários estudos apontam essa combinação ao isolamento que a surdez provoca. Isso reforça a necessidade da prevenção, e, no caso dos idosos, as famílias e pessoas do convívio têm um papel importantíssimo, já que a perda auditiva é um problema de difícil percepção entre os pacientes", destaca a especialista.


Além desses sintomas mais conhecidos, outros pontos merecem atenção, como relatos de zumbido e o aparente desinteresse social. O zumbido pode ser uma resposta do cérebro à perda auditiva – e muitos começam a evitar situações sociais ou conversas, especialmente em ambientes ruidosos, pela dificuldade em ouvir.


Christiane alerta que pessoas que consomem tabaco, álcool, usam fones de ouvido em excesso ou ficam expostas a sons de alta intensidade são mais propensas a terem perda de audição. Para prevenir, o ideal é iniciar exames regulares de audiometria a partir dos 40 anos. De custo baixo, totalmente indolor e não invasivo, a audiometria dura cerca de 20 minutos.

 

 

As informações são dispostas em um audiograma, que é um gráfico com as respostas do paciente aos sons emitidos. A partir da avaliação de um otorrinolaringologista, é feito o encaminhamento ao tipo de tratamento mais adequado a cada paciente.


Se a perda auditiva for identificada, pode ser necessário o uso de um aparelho para auxiliar na escuta. Para cada tipo de perda, existe um modelo que atende melhor. De acordo com o otorrinolaringologista Humberto Guimarães, o importante é começar o uso dentro de casa e fazer a adaptação aos poucos.


“Muitas pessoas, que já estão com uma perda de audição significativa, buscam o aparelho, colocam na hora e saem na rua com ele. Levam susto com todos os sons e ruídos que ouvem. Isso sem contar que muitas vezes o volume está alto demais. Isso traz tanto desconforto que a pessoa abandona o aparelho. O certo é usar em casa por duas ou três horas, por alguns dias. Observar se não está muito alto. Retornar ao local onde adquiriu o aparelho e ajustar, se necessário, e só então sair à rua, por algumas horas. A adaptação deve ser lenta e gradual”, explica.