Pedi licença para a titular desta coluna para ocupar o espaço nesta terça (1/1), porque queria compartilhar com os leitores minha ida a Ouro Preto, sábado passado (28/9). Como Anna Marina escreveu aqui na última quinta-feira (26/9), nosso amigo Paulo Rogério Lage lançou a terceira edição do seu livro sobre casas mineiras, em dois tempos: sábado em sua loja de cerâmica saramenha, na cidade histórica, e ontem (30/9), em livraria aqui de BH.
Como eu não podia ir ontem à noite, resolvi aproveitar o sábado e dar um rolé em Ouro Preto, porque tinha mais de 10 anos que não dava um pulo naquelas bandas. Convidei minha irmã, Regina; Vera, outra amiga que ama aquela cidade; e o Roberto, meu amigo desde minha adolescência, e que trabalha comigo aqui no jornal.
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Saímos no fim da manhã. Viagem agradável, bate-papo pra lá de divertido. Me surpreendi com a quantidade de ônibus na entrada da cidade, e mais ainda porque não encontrei a multidão que eu esperava ver. Até agora estou intrigada para saber onde estava o mundaréu de gente, porque eram mais de 30 ônibus, dos grandes. E a cidade não estava lotada, mesmo com o 3º Festival de Cordas acontecendo por lá.
Demos um rolê na feirinha, almoçamos muito bem no Bené da Flauta e depois fomos conhecer o novo Museu Boulieu, inaugurado em abril de 2022, que foi instalado na antiga Santa Casa de Misericórdia de Ouro Preto, e abriga a coleção de arte que o casal Jacques e Maria Helena Boulieu acumulou ao longo de mais de 60 anos.
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É uma maravilha, muito bem montado, com uma curadoria primorosa que soube expor muito bem as mais de 2,5 mil peças, doadas em 2011 à Arquidiocese de Mariana, atual donatária-proprietária do acervo. As peças são do século 17 a 20, de países como Índia, Sri Lanka, Filipinas, Peru e Guatemala. No Brasil vieram do Maranhão, Bahia e Minas Gerais. São esculturas, pinturas, oratórios, imagens e aparatos litúrgicos, entre outros objetos. Merece ser visitado.
De lá, fomos ao lançamento do livro, mas o convite marcava um horário e, pelo que vimos por lá, foi divulgado outro, bem mais tarde. Por isso, a surpresa que eu queria fazer ao amigo, não deu certo. Sou grata ao Paulo Rogério e à sua mulher, Cacate, porque há anos eles deixaram suas duas filhas, ainda pré-adolescentes, fotografarem para duas campanhas do leilão de arte em benefício da Jornada Solidária Estado de Minas. Campanhas maravilhosas criadas pela Cacate.
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Mesmo assim, valeu a pena ver a beleza das cerâmicas que ele faz. A linha azul e branca está um show e os painéis de azulejos pintados estão belos. Isso sem contar o cafezinho acompanhado de uma deliciosa broa que nos serviram por lá. Coisa que só mineiro sabe fazer.
De lá, voltando para BH, paramos em uma sorveteria chamada Sorvete Paquistanês. Uma delícia. Dezenas de sabores e fica lotado. O de Amarula, para mim, é o campeão. E os diets são deliciosos.
Apesar de termos dado com o nariz na porta, o passeio foi ótimo e fiquei encantada em ver como Ouro Preto está linda e continua com aquele ar delicioso que nos envolve com o desejo de querer ficar mais tempo por lá. (Isabela Teixeira da Costa/Interina)