Redes sociais geraram a nova profissão que caiu no gosto da Geração Z
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Redes sociais geraram a nova profissão que caiu no gosto da Geração Z

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Universidade irlandesa anuncia curso superior para formar influencers, que receberão diploma assim como médicos, engenheiros, dentistas, jornalistas, advogados, arquitetos, etc. A nova ocupação surgiu de maneira informal por meio da internet, mas agora ganha ares acadêmicos.

 


Influencer é a celebridade das redes sociais que usa seu prestígio para recomendar, promover ou gerar interesse por produtos e marcas, frequentemente em troca de uma boa grana.

 

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A notícia divulgada pela Agência France-Presse (AFP) informa que o curso se chama Criação de conteúdos e redes sociais. O repórter Peter Murphy explica que são quatro anos de vida acadêmica na Universidade Tecnológica do Sudeste, que fica na cidade de Carlow, a 80 quilômetros de Dublin.

 

 

A carreira de influencer atrai jovens da Geração Z, nascidos na primeira década do século 21. “É algo que está crescendo enormemente”, afirma a professora Irene McCormick, responsável pela iniciativa.


Tudo começou quando ela ofereceu curso de verão ministrado por gente da rede social TikTok. Apareceram 350 candidatos para 30 vagas. Dois anos depois, o curso foi homologado. Recentemente, recebeu a primeira turma de 15 estudantes. Eles vão aprender a transformar em fonte de renda sua presença e o conteúdo enviado para Instagram, TikTok e YouTube, por exemplo.


A universitária Marta Hughes garante: “Muitos pensam que ser influencer é fácil, que basta publicar vídeos no TikTok. É muito mais que isso.”

 

 

No campus, os estudantes tiram selfies e navegam em smartphones. “Publico no TikTok e Instagram muitos penteados que crio. Gostaria de aprender a fazer disso um verdadeiro negócio”, diz Favor Ehuchie, aluna de 18 anos.


“Meus amigos sempre me dizem que falo muito. Me disseram que talvez pudesse ganhar dinheiro graças a isso e tentar essa formação”, comenta Harry Odife, de 22, outro estudante.


Parece esquisito conferir status acadêmico à tagarelice do rapaz e à habilidade da menina com os pentes, mas a professora Irene McCormick assegura: é a profissão dos novos tempos. “Aproximadamente 70% dos especialistas em marketing consideram hoje que os influencers são o futuro do setor, os governos também os utilizam para transmitir mensagens”, destaca.


Os passos para obter o diploma incluem aulas de criação de vídeos, empreendedorismo, psicologia, narração de histórias, análise de dados e produção de podcasts.


“As publicações dos influencers nas redes sociais, às vezes, podem ser bobas, mas a atividade em si não. É um negócio muito sério”, diz McCormick.


Acredito que para isso ser sério, mesmo, a universidade deveria ensinar ao futuro influencer diplomado como gerar conteúdo realmente importante, para que ele possa fazer diferença na comunicação social do século 21, às voltas com a praga das fake news e com a obsessão por futilidades.