Raiva reprimida pode ser um veneno para a saúde cardiovascular -  (crédito: Pixabay/Reprodução)

Raiva reprimida pode ser um veneno para a saúde cardiovascular

crédito: Pixabay/Reprodução

Sabia que guardar rancor afeta o coração? Estudo recente liderado por Adam O'Riordan e Aisling M. Costello aponta que a maneira como expressamos raiva pode impactar diretamente nossa saúde cardiovascular.

 

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Já ouviu falar que “fulano engole sapo e faz a digestão”? Na verdade, quem engole sapo não faz digestão alguma. Guarda todas as raivas que passa na vida, um dia explode, ou melhor, implode – e o estudo vem comprovar isso.

 

 

Há algumas semanas, uma amiga passou mal e foi levada ao hospital pelo filho. Fiquei preocupada e liguei dois dias depois para saber a causa das fortes dores. O diagnóstico da médica foi síndrome de burnout, que nada mais é que estresse elevado devido à pressão exagerada de trabalho.

 

Eu já tinha cantado a pedra para ela. Esta amiga é workaholic, extremamente exigente consigo mesma, além de perfeccionista. Não consegue se impor limites e o resultado foi o problema de saúde.

 

 

Estudos anteriores encontraram ligações entre a raiva e doenças cardíacas, derrame e outros problemas cardiovasculares.

 

Uma dessas pesquisas foi realizada com 669 participantes do conjunto de dados Midlife Development in the United States, que passaram por teste de estresse controlado. A pressão arterial e a frequência cardíaca do grupo foram medidas.

 

 

As pessoas foram divididas em três categorias, com base em suas reações: “raiva reprimida”, “direcionando a raiva” e “regulando o temperamento e a raiva”.

 

Pessoas que frequentemente sentiam raiva apresentaram menor aumento dos níveis de frequência cardíaca e pressão arterial, enquanto aquelas que reprimiam esse sentimento demonstraram aumento ainda menor nos níveis de pressão arterial e frequência cardíaca. Pessoas rápidas em responder a gatilhos apresentaram ligeiro aumento da pressão e frequência cardíaca.

 

Já os participantes com alto controle da raiva apresentaram aumentos maiores da pressão arterial e da frequência cardíaca durante o teste.

 

Esse estudo veio reafirmar como a expressão da raiva pode ter impacto significativo no coração. De acordo com o autor Adam O'Riordan, observou-se claramente o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca em pessoas que costumam reprimir a raiva.

 

Fica o alerta.